FAZ DE CONTA

FAZ  DE  CONTA

Faz de conta....

Que eu me sinto catraia

Contigo a brincar na praia

Com sorrisos próprios de criança

Essa luz que nos ilumina

Que nos dá muita esperança

Que até parece quase divina.

Faz de conta.....

Que nos braços do sonho eu adormeci

Que tu crescestes e eu diminui....

Para viver uma nova madrugada

Sonho embalado pela fantasia

Onde mostrava pura ousadia

No amor em que me sentia amada.

Faz de conta....

Que no tempo eu regredi

Que passeamos por aqui e por ali

Por entre a nossa mãe natureza

Que dissipou as lágrimas de saudade

E todas as questões sobre a dor

Por ali  só reinava a beleza

Muita paz,muita  felicidade

Que nos dava a grandeza do AMOR

Faz de conta.....

Violante

RIMA EM ORAÇÃO

RIMA  EM   ORAÇÃO

Como é bom estar aqui !....

Valeu a montanha que subi

Só para me encontrar Contigo

Sei que estás aí escondido

 Mesmo sabendo que não Te vejo

Eu sinto a Tua presença, o Teu olhar

Doce, terno  e muito meigo....

E como és o meu melhor Amigo

Acredito que estás a restaurar

 O meu coração partido.....

Desviei das nuvens a cortina 

Para deixar o sol a Tua luz entrar

 E me inundar do calor da Tua calma

Essa serenidade que dá rima

 A Ti que és o sol no meu poema
Que vem da Tua plenitude suprema
E que dá muito mais cor á minha alma

Amor, 24 ,1,  2015

Maria da Luz Violante

SILÊNCIO E LIBERDADE

SILÊNCIO E LIBERDADE

Estive em silêncio, em deserto

 Com a voz do mar aqui tão perto

E eu... sem poder com ele falar

Som abafado, num tom  vazio

Em que minha alma sentiu frio

Por não poder o mar abraçar.

Palavras a sete chaves fechadas

Minha voz sem a poder soltar

Garganta já cansada de silenciar

Lembranças que ficaram sufocadas

Todas elas de revolta,sem poder gritar

Mas num amanhecer que estava a tardar

A voz da razão se ergueu e se quis libertar

E assim solta , abafei apenas os ais

Criei asas e comecei a voar

Senti-me leve... vi a tristeza zarpar

Com os cantos e sorrisos dos pardais

Voei e corri para os campos

Saltitei entre papoilas e trigais
Fizeram festa borboletas e pirilampos

Vesti-me de esperança que me deu a natureza
Se afinaram as minhas cordas vocais
Para cantar alegrias e muita beleza


Amor,16,  2,  2015
Luz Violante

ELA SORRIA

ELA   SORRIA

Ela sorria...

A um novo caminho que se abria

Ás novas tecnologias

A tantas e lindas amizades

Com quem trocava cumplicidades

Num jardim de poesias.

Ela sorria...

Á luz que a iluminava
A tanta flor que a perfumava

Ao amor que só ela via

Ás estrelas que contemplava

No seu brilho se confundia

Á linda lua tudo partilhava

Da história que as envolvia

Ela sorria...

A tanta colorida amizade

E sorria e adormecia
Nos braços da felicidade
Mas de ilusão também se vestia

E o sorrir com a tristeza se misturava

Ao descortinar  a finalidade

Que ela tristemente contestava.

Ela sorria....

A tudo que a rodeava

Mas  em vez de rir já chorava

Pela enorme saudade que sentia

 Dos simples caminhos de então

Por onde tranquilamente passeava

Sem qualquer risco de trambolhão.

Amor, Janeiro  2015

Maria da Luz Violante