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segunda-feira, 7 de abril de 2014
SOPRO DE VENTO
SOPRO DE VENTO
Mas que ventania é esta
Que abriu a minha janela ?
De mansinho entrou por ela
E ao de leve ressoou ao meu ouvido
Sopro de vento, brisa suave
Doce e gentil como um sustenido
E agradável como o pipilar de ave
E ao de leve ressoou ao meu ouvido
Sopro de vento, brisa suave
Doce e gentil como um sustenido
E agradável como o pipilar de ave
Assobiou por entre reflexos de sol
Despertou notas reprimidas
Músicas tecidas em bemol
Entoando baladas coloridas.
Em rodopios inconstantes
Em notas mudas me despia
Sons inertes e delirantes
Volteando ondulava poesia.
Mas porquê esta ventania ?
Ó ardilosa brisa de inquietação !
Será este sopro uma terapia
Que rodopia no meu coração ?
Sopro de vento matreiro e trovador
Porque não vens em rajadas de amor?
Quebravam-se notas sufocadas
Reacendiam-se labaredas apagadas
Ó brisa de vento acariciador !...
Meu olhar fica preso á janela
E ali pendurada fico á espera
Dum vadio sopro de vento
Que venha numa melodia bela
E me traga ao pensamento
Os aromas da primavera.
Amor, 23, 3, 2014
Luz Violante
sábado, 21 de setembro de 2013
OLHANDO O MAR
OLHANDO O MAR
Sentada á beira mar
Situei o meu olhar
Num grande figurão
Navegava o alto mar
E a sua arte de nadar
Despertou minha atenção.
Sob um escaldante sol
Ele nadava de costas e a crol
E flutuava como ninguém
De longas e airosas braçadas
Rasgava as ondas rendilhadas
Querendo chegar mais além
Ficou preso o meu olhar
Na arte como dominava o mar
Pela sua tão grandiosidade
Mas os dois se entendiam bem
O mar parecia ser sua mãe
Em beleza e suavidade
Notando-se um leve cansaço
Deixava cair os braços
E livremente solto flutuava
O mar muito mansinho
Cantava-lhe bem baixinho
E nas ondas o embalava.
Um leve sopro de vento
Arrastou meu pensamento
Para esse mar de calmaria
Mesmo sentada na fina areia
Também eu nadei como uma sereia
Mergulhada numa onda de fantasia.
Pedrogão, 1999
Maria da Luz Violante
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