DIVORCIO
Divorciei-me da caneta e do papel
Da tinta, da tela e do pincel
Porque me fugiu a inspiração;
As palavras andam desunidas
Muitas ficaram escondidas
Bem no fundo do meu coração.
Gerou-se uma guerra interior
Com os fonemas em desamor
Sem ritmo, andam dispersos
As sílabas muito sentidas
Também elas andam fugidas
Das rimas para os meus versos.
Instalou-se uma tal confusão
Que abafei a voz da razão
Ao fechar os sonhos na gaveta
Agora sem pinceladas de magia
Sem arte para pintar poesia
O melhor é fugir para outro planeta
Amor, 27, 7, 2006
Maria da Luz Violante
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