FOLHAS SOLTAS
Revirei a minha gaveta
Cheinha de folhas soltas
Escritas com a minha caneta
Como ondas bem revoltas
Estavam desorganizadas
E eu com elas também revoltada
Por nunca serem lidas
Muito menos compreendidas
As minhas poesias mal bordadas
Peguei nas folhas dos meus poemas
Com vontade de os rasgar
Ou até de os lançar ao mar
Mas eram pedaços das minhas penas
De sonhos traídos repletos de dor
Salpicados de paixão e muito amor
Neste meu outono eu tanto escrevi
Para ti.... para ti.... e para ti.....
Fugiram todos os meus pensamentos
Rascunhos que amassei e no lixo os meti.
Outros ?... Aqueles que eu mais amei
Lancei-os ao ar, ao vento
Com muitas lágrimas tatuei
Os mais puros sentimentos
Muitos comigo choravam
Mas outras de alegria voavam
Sempre á volta do meu jardim
Pareciam felizes e muito bailavam
Uma linda dança só para mim
Em todas as folhas que eu escrevi
Uma a uma com carinho nelas peguei
Como se os poemas fossem filhos, eu beijei
E no meu coração docemente os envolvi
Amor,8, 10, 2014
Maria da Luz Violante
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