CONFISSÃO
De joelhos debruçada e só
Talvez pior que o pobre Job
Por negligenciar a Tua lei
Por desviar a rota da verdade
Por fugir um pouco á realidade
Ó meu Deus... Miserere mei !...
Dentro de mim se instalou
Feitiço que permanece e ali ficou
E eu nele magia desvendei
Mas eu só queria ser poesia
Ó meu Poeta como tudo me angustia
Ó meu Deus...Miserere mei !...
Sei que fora de Ti tudo é desencanto
E só agora vejo com olhos de pranto
Como neste mar eu me deleitei !...
Como Madalena eu choro perdão
Por ser tão frágil minha condição
Ó meu Deus... Miserere mei !...
De alma contrita e de joelhos
Escondo meus olhos vermelhos
No calor e na luz que encontrei
Jesus que és o meu maior amigo
Sempre escutas o que eu te digo
Ó meu Deus....Miserere mei !...
Depois desta minha confissão
Jesus que conhece minha limitação
Deu-me a mão, me abraçou, pôs-me de pé
--O amor humano se virou contra ti
Mas não estás só, Eu te amo, estou aqui
E em ti vai ficar mais forte a tua fé....
Ao sentir o amor e o perdão
Feliz abri meus braços ao ar
E em paz, em gesto de gratidão
Com os anjos comecei a louvar....
Amor,19, 8, 2013
Maria da Luz Violante