Há sempre festa e poesia
Quando nos encontramos na nossa terra
E há entre nós a sintonia
De percorrer os caminhos doutra era.
Assim vão as três romeiras
Pelos atalhos da Cumeira
Que são sempre a nossa foz.
Há um reviver de primaveras
E até o desfolhar de quimeras
Á nossa alma dão voz.
E se o calor aperta
Neste desportivo passear
Há sombra do carvalho enorme
Onde a saudade pode relaxar
Mas há que ficar alerta
Não vá qualquer cobra que dorme
Despertar da sua sesta.
Caminhando sem pressa
Tudo serve tema de conversa
Desde a vinha enrramada
Aos ninhos e terra estorriada
Refugio do imenso calor
Há ! como nos rimos á gargalhada
Pelas camas improvisadas
Onde se deitava o amor.
Esta liberdade camponesa
Dá-nos vigor e muito mais encanto
Pois ser filha do campo
É o fruto mais apetitoso da natureza
Amor, 20, Junho, 2004
Maria da Luz Violante
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