Olá amizades !

Criei este blogue "Os meus Retalhos " para mim,

para ti,

Para os amantes da poesia.

Cada retalho é um elo de ligação á amizade.

Por isso, podes te unir, ler..... e se gostares,

ficarei feliz.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

NATAL DA MINHA INFÂNCIA


NATAL  DA  MINHA  INFÂNCIA


Vai-se perdendo na distância
O natal da minha infância
Dos cantares alegres e divinais,
Aquele presépio, doce magia
Onde o meu olhar se perdia
Missa do galo. natal de meus pais.

Natal de paz e simplicidade
Sem consumismo nem vaidade
Era o natal da minha infância
A lareira e os presentes pobrezinhos
Perfumava de risos os sapatinhos
Aquele Botãozinho de fragrância.

Natal da minha consoada
O lume a crepitar, a mãe afadigada
Com as filhós a bailar na fritadeira
Enquanto lá fora o cepo ardia
Braseiro de calor que a todos aquecia
Noite santa na minha Cumeira.

Natal que eu recordo era assim :
Sem fantasias, sem grandes festins
Sem correrias, sem pedidos ao pai natal
Nem pinheiro tão colorido
Mas Jesus tinha mais sentido
Porque tudo era muito mais real.

Amor,  2002
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

MINHA PALMEIRA

MINHA  PALMEIRA


Da minha janela
Olho a minha palmeira !
tão robusta, tão bela
No crescer desta maneira.
Já ultrapassou a janela,
Já quase que não toco nela,
Já passou a fronteira !

No meio do meu jardim.
Rodeada de flores e frescura,
Tem como tapete, a verdura,
A minha palmeira !
Ela é  sombra a rir-se para mim,
Numa tarde soalheira.
É o guarda sol dos ninhos
Das abelhas e do meu cantinho !
É o pipilar dos passarinhos,
Do seu cantar divinal,
Do debicar em ternuras,
É o refugio nupcial
Das risadas santas e puras.

Da minha janela,
Olho a minha palmeira,
Da cor da esperança,
Sempre tão bela !
Já não é criança
Já não é menina
É primavera florida !
Toda ela se agita
Se baloiça e se maneia,
Parece até bailarina,
A dançar pra  sua jardineira.
Da minha janela 
Vejo a minha palmeira
 Tão linda, tão bela !...


Amor,  94
Maria da Luz  Violante

domingo, 1 de dezembro de 2013

SONHO DE PAZ



SONHO  DE  PAZ


Estive em sonho, num castelo
E como por um encanto
Olhei a grande cidade
Tudo era calmo, tudo era belo
E para maior espanto
Tudo me parecia santo
Em toda a humanidade.
 Tudo estava purificado !
Não acredito !!!
Não pode ser verdade!...
O mundo tinha-se transformado
Não havia correrias nem agitação,
Nem stress, nem confusão
Tudo era paz e tranquilidade.
A guerra tinha sido perdida
Não havia armas nem canhões
Nem grades nem escuridão nas prisões
Não havia gente marginalizada
Nem ambição pelos milhões
Não havia divórcios, separações
O homem e a mulher eram um só ser
 Vivendo com alegria
Na luta do dia a dia
Somente pela paz do bem fazer.
Assim viviam as famílias em união
Os velhinhos tinham lar.
Carinho, compreensão
Em todas as mesas havia pão
A droga estava em extinção
E risos de alegria entoavam no ar
Pelas crianças que cresciam
Com esperança no futuro
Os jovens tinham mais frescura
E sabiam amar
Com amor mais franco e mais puro.
Nesta grande família
De uma só sociedade
Não havia governados nem governadores
Nem oprimidos, nem  opressores
Nem pecados, nem pecadores
Tudo vivia em liberdade
No amor de um só Deus, um só Pastor.
Estive em sonho num castelo
Como por um encanto 
Na mais linda visão
Do sonho mais belo.
Mas ao descer  á realidade
Tropecei na humanidade
E acordei na mais amarga desilusão.

Amor, 94
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O MUNDO GIRA


O  MUNDO  GIRA

E o mundo gira !
Gira na pior.
Gira sempre a girar
Na luta pelo mundo melhor,
Mas sem armas para lutar
Neste mundo tão conturbado,
Tão desiludido, tão revoltado
Mas tudo é permitido
Porque tudo é "tabu"
E nada é pecado.
É o progresso, é a evolução,
No tempo e no espaço,
Que gira em ritmo deturpado
 A caminho do fogo, da destruição.
E o mundo gira,
Numa correria louca de ilusão,
Onde se atropelam e se enganam
Em guerras de desunião
Pelo poder e ambição desmedida
E o mundo gira,
Entre sociedade corrupta, suicida,
Juventude  frustrada, oca , vazia,
Drogada, perdida em confusão,
Gente marginalizada,
Desentendidas, separadas
Sem ninguém poder dar a mão.
E há ódio e há rancor,
não há paz nem amor,
Nem crentes, nem ateus
Já não existe Deus !
Ou então :
É o calvário em repetição !...
E o mundo gira !
Não gira nem corre.... voa....
Num girar tão livremente 
E cegamente, á toa
Que dói e magoa
Num tempo que passa
E não perdoa.
E o mundo gira,  gira
Sem parar, sempre a girar
Num tempo sem tempo
Para AMAR !....


Amor, 93
Maria da Luz Violante.



Gostaria de dizer para todos os que são crentes, que o titulo deste meu  poema, vem duma homilia dum dia 13 em Fátima.
Era muito novinha quando uma Senhora minha amiga contou a outra amiga ( na minha presença) toda a pregação..... Como era muito nova não liguei e depressa esqueci o ensinamento. No entanto essa palavra tanta vez dirigida : E O MUNDO GIRA....Foi tão forte e tão emocionante,  que ficou a girar na minha cabeça até ao momento de escrever o poema.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DIVORCIO


DIVORCIO


Divorciei-me da caneta e do papel
Da tinta, da tela e do pincel
Porque me fugiu a inspiração;
As palavras andam desunidas
Muitas ficaram escondidas
Bem no fundo do meu coração.

Gerou-se uma guerra interior
Com os fonemas em desamor
Sem ritmo, andam dispersos
As sílabas muito sentidas
Também elas andam fugidas
Das rimas para os meus versos.

Instalou-se uma tal confusão
Que abafei a voz da razão
Ao fechar os sonhos na gaveta
Agora sem pinceladas de magia
Sem arte para pintar poesia
O melhor é fugir para outro planeta


Amor, 27, 7, 2006
Maria da Luz Violante


domingo, 24 de novembro de 2013

JANELA DO MUNDO


JANELA DO MUNDO


Abri a minha janela....
E o que vejo através dela ?
Amigos.... Tantos amigos !...
Um verdadeiro arco íris de mil cores
De novas alvoradas e aventuras
Amigos dos  mais diversos valores
Amigos da arte, poetas sonhadores
E tantas almas divinamente puras !
Abri a minha janela....
E vejo um paraíso através dela
E o deslumbramento das paisagens
São tão belas as mensagens
Dos amigos daqui e de além
Que se gostam de verdade
E num traço de união e de bem
Vai-se alargando o circulo da amizade.
Espreitei a minha janela...
Olhei ao perto e ao longe
E  vejo por detrás dela 
Luxuria que não se esconde.
Amigo, menos amigo....
Tanto joio em searas de trigo!
Meu olhar fica assombrado
Ao ver o bem e o mal, lado a lado
Fecho esta janela..... não é comigo
Não quero meu coração moribundo
Quero minha alma a transbordar alegrias
Quero ver outros cenários, outras poesias.
Através da janela do mundo.....


Amor,7, 11, 2012
Maria da Luz Violante 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

HOJE



              HOJE

Sou o outono cinzento
Sou a rainha do desalento
Sou uma nuvem a passar
Lá longe no firmamento
E sou o bramar do vento
E voo rasante sem conseguir voar

Sou o silencio, sou voz calada
Sou estrela sem brilho, apagada
Sou lua sem luar e sol sem calor
Sou convento sem ser serena
Sou cela, sou prece, sou novena
E sou vida que vive sem sabor.

Sou sol poente do meu entardecer
Sou onda revolta e um estremecer
Eu sou o ribombar do trovão
Sou chuva, sou raio a faiscar
Sou tempestade sem ondas do mar
E sou um ponto de interrogação.

Sou música vibrante sem euforia
Sou ternura, sou sonho, sou poesia
Sou tarde, sou noite sem vigor
Sou pranto, sou dor e ansiedade
A gritar dentro de mim a saudade
 Da fogueira que crepitava AMOR

Amor, 5,  3,  98
Maria da Luz Violante

ONTEM



       ONTEM


Fui bebé, fui menina
Fui uma luz pequenina
Que apareceu do além
Fui uma flor bonina
Fui criança rabina
Ao colo de minha mãe

Fui brisa, fui madrugada,
Fui sonho ,fui alvorada
Fui canção e fui rouxinol
Fui princesa e fui rainha
Fui gaivota, fui andorinha
E dos meus barcos fui farol.

Fui juventude pujante
Sol ardente palpitante
Fui fogo e fui paixão
Fui riso, fui gargalhada
Fui estrela muita amada
Fui primavera e fui verão.

Com a chegada do outono
Rolaram folhas ao abandono
Do vento que tudo mudou
Já passada a primavera
Sou agora aquilo que sou
Apenas sombra do que eu era.

Amor,5, 3, 98
Maria da Luz Violante

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O AMOR QUE NÃO AMEI




O AMOR QUE NÃO AMEI


Os rios deixaram de cantar
E adormeceram no seu leito
Perdoa,  eu não te soube amar
E uma espada trespassou teu peito.


Teus olhos deixaram de brilhar
Tuas mãos já não sabem florir
Teu coração deixou de pulsar
Na tua boca apagou-se o sorrir.

Acabou-se o amor, apagou-se a luz
A terra tremeu, o mundo desabou
O fim da caminhada chegou

Foi curta a viagem, mas pesada cruz
Reza minha alma, por essa que não amei
Porque amor igual , eu não encontrei

Amor, 94
Maria da Luz Violante

terça-feira, 19 de novembro de 2013

NOITE DE SONHO



NOITE  DE SONHO


Mais uma vez vieste ter comigo
Nas asas do sonho e da saudade
E fazes da noite escura claridade
Ó meu anjo, meu grande amigo.

Fazes desta "Era" um tempo antigo
Para nos situarmos na mocidade
Vestes o meu corpo de ansiedade
Desse amor de quem eras mendigo.

Na distância dessa nossa amizade
Esquecer-te facilmente não consigo
Porque sempre me trazes felicidade

Hoje sou eu que quero ficar contigo
De noite, no sonho ou na eternidade
Ó meu anjo, meu bem, meu amigo.

Amor,  94
Maria da Luz Violante

SONHEI CONTIGO


SONHEI  CONTIGO


Sonhei que á noite me vieste ver
Quando me encontrava sozinha
E logo senti teu corpo renascer
Ao pousares tua mão na minha.

Fiquei a olhar-te ternamente
Enquanto o coração sonha e ri
E sonhando assim docemente
Meus braços se estendem para ti.

No sonho esqueci a vida, a dor
E meu coração faminto de amor
Meus lábios se deixam beijar

Sonhei ver-te assim ressuscitado
E eu queria nunca ter acordado
Para sentir teu coração pulsar.

Amor,  94
Maria da Luz Violante

O MEU ANJO



O  MEU  ANJO

Gosto de sonhar contigo meu bem
Há sempre algo que me transcende
A luz duma miragem se desvende
Como um sinal místico do além.

Não sou do mundo ,nem de ninguém
Amo, amo o sonho platonicamente
Mistério que jamais alguém entende
Gosto de sonhar contigo meu bem.

És o meu anjo da guarda, meu cupido
E o meu coração é sempre atingido
No meu sonhar,pela seta do amor


Teu olhar é silêncio,uma lagoa calma
Onde mergulha serena minha alma
Ó meu anjo lindo, da noite sonhador.


Amor,     94
Maria da Luz Violante

domingo, 17 de novembro de 2013

MINHA TERRA



MINHA  TERRA


Minha Cumeira, terra querida
Em ti sempre me sinto renascer
Teu sol ilumina a minha vida
De ti jamais irei esquecer.

Assim bem viva na lembrança
Por ti quero passar devagarinho
Para sentir o acordar mansinho
Nos sonhos lindos de criança.

Minha aldeia, minha doce Cumeira
Meu aconchego, meu regaço, meu ninho
De ti sempre serei tua prisioneira

Com muita saudade de ti me afastei
Meu amor noutro "Amor" encontrei
Mas é por ti que guardo maior carinho.

Amor,  93
Maria da Luz Violante


terça-feira, 12 de novembro de 2013

RECORDAR É VIVER



Se recordar é viver....Eu vivi com saudade ao olhar esta foto que foi tirada em Fátima  no casamento da Dina e Kim. Foi numa sessão fotográfica por um rapaz  ( que por sinal era uma brasa ) e nos perseguia  duma forma divertida.....
Este trio de amigas vestiam os verdes anos com as cores da alegria, de sonhos, muitos sonhos.
 Neles se estendia o véu branco do AMOR.....
De quem seria o enlace seguinte ?
E quem apostava no raminho de laranjeira ?
Sim porque nessa época ainda era símbolo da virgindade....
E  esse questionamento era servido á nossa mesa da juventude em pratos de gargalhadas !!!
Todas embarcamos.....
Eu fui a primeira, a Fernanda  a segunda  e a Sãosita rainha da festa foi a terceira.
Tudo passa, mas há sempre algo que fica......
E ficou na nossa memória, as brincadeiras puramente salutares dum dia especial e inesquecível
Apesar de termos ficado separadas, quando a amizade nos une, as gargalhadas ainda fazem eco....


Maria da Luz Violante
Amor, 17, 11, 2013

DENTRO DE MIM


DENTRO DE MIM...

Há uma canção que canta
Me abraça e me beija docemente
Há música que dança
E balança meu corpo freneticamente
Há um pássaro que voa
Num grito de liberdade
Há uma voz que não entoa
Quando no silencio
Me adormece  a saudade.
Há dentro de mim...
Um tempo sem distância,
Na criança que ri, que salta,
Que brinca com o vento.
São como flores de fragrância
A perfumarem meu pensamento
Dentro de mim....
Há uma fonte, uma nascente
Um rio que corre e me encanta
Numa onda que se levanta
E me banha a mente
Do fogo que me queima a alma
Quando o amor está ausente
Há dentro de mim....
Gargalhadas de alegria
Que fazem eco á música de euforia
E me deixa louca
Numa forma de sonhar,
E há na minha boca
Mil canções que vibram a cantar.

Amor,  28,  2,  93
Maria da Luz Violante

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

POESIA E SOLIDÃO



































POESIA   E  SOLIDÃO

Perpassam na minha mente
Loucos, vadios pensamentos
Mas a força dos ventos
Levou o que a alma sente.
Por entre nuvens de ilusão
Montanhas de tristeza
Mas para maior surpresa
Me levou para onde tenho o coração
Depois de voar firmemente
Sentei-me numa estrela de fantasia
Aquietei-me suavemente
Lavei as lágrimas na alegria
E na beleza dessa amplidão
Mesmo sem cadência, sem harmonia
Comecei a escrever poesia
Num tempo de maior solidão.


Amor, 11, 11,  2013
Maria da Luz Violante

Hoje deu-me vontade de recordar os anos dourados em que estas duas amigas se fizeram passar por  nazarenas sómente por uma hora. O suficiente para dar uma passeata pela praia e brincar com os rapazes que contendiam connosco.....O nosso sotaque Nazareno não dava para disfarçar, daí  as risadas eram tão puras que até poderia  dizer: Eramos tão felizes e não sabíamos......

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

FOLHAS DE OUTONO


FOLHAS  DE  OUTONO


Outono
Triste e cinzento
São árvores balançadas,
Despidas pelo vento.
São folhas soltas, ressequidas,
Vermelhas, douradas,
Desfalecidas pelo chão.
São pisadas, torturadas
Em solidão.
Assim balança o outono
No meu coração.
Estação adormecida pelo tempo
É brisa de estio, vasio,
Á espera de movimento.
E essas árvores despidas
São minhas folhas caídas
Sofridas no meu pensamento
E, varridas pelo vento,
Voaram para Ti Senhor
A quem deste AMOR
E RENASCIMENTO.


Amor, 95
Maria da Luz Violante

MUSICA NO MEU CORAÇÃO




MUSICA  NO  MEU  CORAÇÃO


Quero ir na entoada
Desta musica, bem ritmada,
Que vibra. mexida
E supera meu sentido deprimida,
Apática, sem vitalidade ;
Quero que esta musica
Mergulhe em profundidade
E invada todo o meu ser.
Quero esquecer
Momentos tristes,difíceis,
Recordar outros inesquecíveis
E tudo voltar á normalidade
Quero andar por aí,
Balançada por esta musica cantante
E ir até aonde ela me levar !
E, sem sair daqui,
As nuvens eu quero abraçar
E com elas deslizar
Pelo espaço cintilante
Onde dançarei deslumbrante,
Vestida de estrelas e luar !
Com a lua quero sonhar
E com o sol galante
Quero dançar triunfante !
E tudo será fascinante,
Sempre que vibrar em mim
Esta musica florescente
Quero sentir, no meu peito,
O rir e o jeito 
De menina adolescente
Quero ir ,nesta onda musical,
A tal, minha preferida,
Muito especial.
Quero que esta musica divinal
Me transmita serenidade
Toque a minha sensibilidade !
E me transcenda de sonho e fantasia.
Quero sentir a alegria
Duma paz interior
Que me inebria de emoção
Quando a musica me fala de amor
E faz cantar meu coração.

Amor, 96
Maria da Luz Violante


terça-feira, 5 de novembro de 2013

O VENTO



O  VENTO

Já era dia
Quando fui despertada
Por uma forte sinfonia !
Era a ventania
Bem arrepiada e mal assobiada.
Já não era a melodia,
Que eu tanto gostava !
Já não era o bailar dos ramos
Que ás árvores embelezava,
Era grande a agitação
Que as fazia dançar assustadas !
E tudo, á volta, rodopiava
Num assobiar temeroso...
Ó vento, eu sei
Que és forte e poderoso,
Ás vezes até pareces rei,
Quando as minhas flores
Se curvam á tua passagem !
Não,  não é miragem
O que tanto faz tremer !
Que terá acontecido
Para o vento se enfurecer ?
Diz-me que eu não sei !...
Foi naquele momento
Que num assobiar
Mais suave e mais lento,
O vento soprou ao meu ouvido
E  me fez compreender !
Muito tinha a varrer
Era dura a sua missão.
E, num sentido mais profundo
Fez-me entender
Que aspirar o mundo
 Era dose de leão.
Então eu compreendi
O quanto és importante !
Mas gosto mais de ti,
Quando te agitas de mansinho
E com as crianças brincas com carinho,
Levando-lhes os balões pelo ar,
Ou fazes o moinho de papel girar,
Quando, no mar,
Tocas o barquinho em viagem,
És forte, és coragem 
Quando sopras as velas do moinho
E lhe fazes bater o coração
Que vai moendo devagarinho
O trigo que nos dá o pão !...
És divertido quando brincas
Com as saias das meninas
Ou com os livros dos estudantes,
És livre, e és viajante !
Deixa-me ó vento voar contigo
Agora eu sei o quanto és amigo !


Amor,   94
Maria da Luz Violante



quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ACÇÃO DE GRAÇAS

Para quem valoriza o casamento e como diz S. Paulo: em todas as circunstâncias dai graças....Para mim cada ano que passa é uma vitória ,é uma graça. Por isso aqui fica o meu poema de prata em como gratidão.   

              
       ACÇÃO  DE  GRAÇAS


Obrigada  meu Deus...
Por esta data tão querida
Pelos meus filhos que são teus
E até pelas encruzilhadas da vida.
Obrigada meu Deus...
Porque nesses caminhos espinhosos
Nos labirintos mais dolorosos
Sempre senti os olhos Teus
A cruzarem-se com os meus.
Mil graças te dou Senhor
Por todos estes anos em união
Na luta de dois por um só ser
Porque neste viver
Nunca me faltou o Teu amor,
Sempre me deste a Tua Mão.
Obrigada Jesus....
Por ter chegado a este dia
Com vida,
Sonhando e cantando poesia
Força viva que a TI me conduz.
Por isso, obrigada Jesus
Por estes anos de prata
Em que serei eternamente grata
Porque sei
Que sempre terei a Tua Luz.

Amor, 31,10,  96
31,  Outubro, 1971
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

LÁGRIMAS DO CÉU

LÁGRIMAS  DO  CÉU

Cai chuva, lá fora !
Não ri, não chora,
Sussurra !
Acariciante,suave, 
Bate na minha janela!
Quase muda, murmura
Música bem ritmada,
Quase bela !
Será chuva a cantar
Ou será mesmo a chorar ?
Abri a janela,
Olhei o céu e vi
Eram lágrimas a cair
Águas calmas, ardentes,
Sedentes de paz e amor
Num mundo quase a ruir !
E o céu sofria
Com tudo o que via,
Neste dia de entardecer !
E, dentro de mim,
Começou a escurecer...
Senti chuva a entrar
E mergulhar
Na minha solidão.
Meus olhos começaram a chorar
E a chuva deixou de cantar,
No meu coração !
Regresso ao mundo da realidade,
Esqueço  a escuridão da tempestade
Que invadia meu sorriso ausente
E tudo se dissipa,de repente!
Sinto novamente
A chuva a cair...
Já não são lágrimas do céu a chorar,
São lágrimas de rir
Águas abençoadas
Que fazem o mundo florir
E minha alma cantar.
Amor,   94
Maria da Luz Violante

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Para além do ponto de cruz a pintura foi algo que não se deu muito bem comigo.... mas fiz qualquer coisa....

G
Continuando com o meu ponto de cruz,  deleito-me em tão belas recordações.......Este foi um dos quadros que mais luta me deu.Um verdadeiro teste á minha paciência.... Foi para a filhota.





terça-feira, 22 de outubro de 2013

DESILUSÃO



DESILUSÃO

Como fui louca em crer no teu amor !
Tão louca que me deixai cegar desse jeito....
Agora navego em desilusão e dor
Da paixão que ainda arde no meu peito.

Paixão devastadora, inútil, vazia
Sonho de te amar e não te ter !
Tão louca, tão cega de amor eu vivia
Quando os meus olhos já não queriam ver

Via-te em tristezas, falsos sorrisos
Nesta luz que hoje me clarifica,
Vejo agora que era paixão intempestiva
Interpelada de ilusão e muitos avisos.

Conheço agora que troquei meu rumo
Em nós existia meu amor e nada mais
Os sonhos, que pareciam tão reais
Depressa se desvaneceram em fumo

Ah, se eu pudesse situar-me no tempo
Desse cego amor viveria ausente;
Deixaria de ser eu para ser diferente;
E o meu rumo teria outro fundamento.

Tomaria outro sentido de amor.
Entre o perfume de rosas e liriais,
Onde houvesse  somente paz e calor
Nas almas de bondade celestiais.


Amor,  94
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

MEU ULTIMO TAPETE

Este foi o meu ultimo trabalho, tapete do meu escritório..... Livros são uma das minhas paixões......

TAPETES DE QUARTO

Tudo tem uma história !.... E estes passarinhos nesta árvore fazem uma história muito bela......

OS MEUS ARRAIOLOS







OS MEUS ARRAIOLOS

Hoje quero deleitar-me a olhar para o meu trabalho..... Quantos pensamentos não teci juntamente com os quilómetros de fios !....Bordados , segredos, tudo fazia parte do meu desporto favorito.








Este é o meu tapete de entrada com folhas outonais

Tapete de sala
O tapete com as violas do meu filhote

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

SONHO E POESIA



SONHO E POESIA


Hoje o sonho se aninhou no passado
E foi tão bom , tão lindo sonhar assim
Ao ver-te vivo, real e tão enamorado
Era um roseiral a abrir-se para mim.

Um perfume suave me inebriava
Uma paz doce com toque de magia
A tua voz inefável me estreitava
E o enleio do teu sorriso me envolvia.

A proximidade, o contacto da tua mão
Tão cheia de ternura e de carícia
Acordou meu silencioso coração
E fez-me cantar uma nova melodia.

Não sei mesmo se fui ao infinito
Ou se o infinito veio até mim
Só sei que o sonho foi tão bonito
Que eu só queria que não tivesse fim.

Desvendei o paraíso no teu olhar
E o céu que é todo o meu sustento
Aninhei-me no passado a sonhar
E o sonho me deu poesia como alimento


Amor,  12,  3,  2011
Maria da Luz Violante

domingo, 13 de outubro de 2013

A MINHA ÁRVORE GENEALÓGICA


Começo por dizer que eu estou  no meio, dos meus manos Kim e Mário. Procurei as fotos onde tínhamos 18 aninhos......Acima está a minha MÃE e o meu PAI e mais acima estão os meus avós maternos , meu tio e minhas tias. A minha MÃE é a do meio.As fotos estão um pouco sumidas mas isso deve-se á minha arte fotográfica.... estou chumbada !......

AGULHA MÁGICA



AGULHA  MÁGICA


Ás voltas com o ponto de cruz
Passo horas a fio sem parar
São tempos vestidos de luz
Que me dão luta sem cansar.

Cruzamentos de fios são terapia
Para me fazerem descontrair
Enquanto bordo, teço poesia
Sonhando mesmo sem dormir.

Somando pontos faço contagens
Na construção dos meus castelos
Invento tranquilas miragens
Para que fiquem quadros belos

Com agulhas de camponesa
Vou delineando passeios antigos
E com linhas da cor da natureza
Bordo os animais meus amigos

 Linhas cruzadas com mestria
Num desenho pintado de paciência
Arte singela e um pouco de fantasia
Fazem o quadro da minha existência

Tesoura, linhas, agulhas e dedal
Cumplicidade da minha formatura
Um diploma muito, muito especial
Que guardo na caixinha de costura.


Amor,  Novembro, 2007
Maria da Luz Violante

MEUS QUADROS





























Fiz este assalto ao castelo por me lembrar que no meu tempo os rapazes ,e depois no tempo do meu filho
brincavam na praia, colocando-se uns em cima dos outros até fazerem  um efeito maravilhoso e também uma prova de força bem característica da juventude.   Amei fazer este trabalho.....