Olá amizades !

Criei este blogue "Os meus Retalhos " para mim,

para ti,

Para os amantes da poesia.

Cada retalho é um elo de ligação á amizade.

Por isso, podes te unir, ler..... e se gostares,

ficarei feliz.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

CONFISSÃO


CONFISSÃO

De joelhos debruçada e só
Talvez pior que o pobre Job
Por negligenciar a Tua lei
Por desviar a rota da verdade
Por fugir um pouco á realidade
 Ó meu Deus... Miserere mei !...

Dentro de mim se instalou
Feitiço que permanece e ali ficou
E eu nele magia desvendei
Mas eu só queria ser poesia
Ó meu Poeta como tudo me angustia
Ó meu Deus...Miserere mei !...

Sei que fora de Ti tudo é desencanto
E só agora vejo com olhos de pranto
Como neste mar eu me deleitei !...
Como Madalena eu choro perdão
Por ser tão frágil minha condição
Ó meu Deus... Miserere mei !...

De alma contrita e de joelhos
Escondo meus olhos vermelhos
No calor e na luz que encontrei
Jesus que és o meu maior amigo
Sempre escutas o que eu te digo
Ó meu Deus....Miserere mei !...

Depois desta minha confissão
Jesus que conhece minha limitação
Deu-me a mão, me abraçou, pôs-me de pé
--O amor humano se virou contra ti
Mas não estás só, Eu te amo, estou aqui
E em ti vai ficar mais forte a tua fé....

Ao sentir o amor e o perdão
Feliz abri meus braços ao ar
E em paz, em gesto de gratidão
Com os anjos comecei a louvar....


Amor,19, 8, 2013
Maria da Luz Violante




OLHOS DE SAUDADE


    OLHOS  DE  SAUDADE


Tenho meus olhos molhados...
De chorar estão cansados
Ao derramarem lágrimas copiosas
E eu tenho saudade
De quando eram na verdade
Olhos vivos, safiras luminosas.
Tenho meu olhar molhado...
Pela saudade da transparência
Do grande amor guardado
Que se encostou á tua ausência
E se amparou no teu peito abafado.
Tenho meus olhos molhados...
Por afectos não expressados
Pela enorme saudade
Que me circunda de ansiedade
Pelos teus abraços apertados
Que sem jeito nunca me deste
E mesmo nunca soubeste
Beijar meus olhos marejados.
Tenho meu olhar molhado... 
E o meu céu fica nublado
Ao sentir tanta saudade
De soltar risos a teu lado
Ah, como eu tenho vontade
De brincar no teu horizonte
Tocar aquela estrela gigante
Beber água da tua fonte
Nem que fosse só por um instante.
Tenho meus olhos molhados...
De soluços trementes, sufocados
Que mais parecem harpas a tocar
Mas Tu..... De olhos iluminados
Meu coração podias transformar
Meus olhos ficariam mais animados
 E voltariam de novo a brilhar....

Amor,14, 8, 2013
Maria da Luz Violante

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DOCE MAGIA




DOCE MAGIA

Quero ver-te, como em sonho te vi
Tua imagem esbelta, bem delineada
Sem a cor do tempo, sem linha marcada
Quero ver somente o belo que há em ti;
Quero que leias o que eu te escrevi
Ouvir de ti palavras que nunca ouvi
E quero muito ficar contigo a sós
Para ouvir essa tua linda voz
Muito jovial, doce ,acariciante
A envolver-me num abraço apertado
Sem qualquer gesto palpitante
Sem qualquer sombra de pecado.
E quero falar-te frente a frente
Quero olhar-te longamente
Para ler magia no teu olhar
E tentar descortinar, desvendar
O silêncio da tua alma vazia....
Quero sentir o calor da tua mão
Sentir o pulsar do teu coração 
E vestir-te de sonho e poesia....
Depois vamos rumo ao infinito
Voando por esse espaço tão bonito
Sempre de mãos dadas á fantasia
Deslizando felizes e sorridentes
Como crianças  ou adolescentes
Enamorados por esta doce magia.

Luz Violante

METADE DE MIM


METADE DE MIM


Mtade de mim... É turbilhão
É devaneio, é paixão, é delirio
A outra metade... É paz, é perdão 
Onde coabita a pureza dum lirio.

Metade de mim...É explosão
A tropeçar na minha simplicidade
A outra metade.... É emoção
Onde reina a minha sensibilidade.

Metade de mim... É jardim de ilusão
É sonho,é fogo, é fantasia
A outra metade...É uma canção
Quando me embala em doce poesia 

Metade de mim... É saudade
Que muito inquieta meu coração
A outra metade...É a realidade
Que me faz viver noutra dimensão

Metade de mim...É terrena, raízes
Onde  me vejo tão enraizada
A outra metade... São dias felizes 
Pelos campos bem perfumada

Metade de mim... É meditação
É silêncio, é salmo, é um hino
A outra metade... É contemplação
Elo de amor que me liga ao divino.


 Luz Violante

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

SONHO (I)

Aos 15 anos tive o meu primeiro SONHO

Sonhei amar um dia
O mais lindo sonho de amor
Sonhei abraçando com alegria
O chamamento do Senhor.

A sonhar fui interpelada
Por uma voz, com carinho:
"É  por ali o teu caminho
Por ele serás bem guiada"

Por essa via sonhei a dormir
E até mesmo acordada
Com paz acordava a sorrir
E me sentia muito amada .

Mas o tempo foi passando
Outro caminho se cruzou
A ilusão em mim despertou
E nela continuei sonhando.

Já numa outra caminhada
Sonhei com amor e paixão
Mas de amor não tenho nada
Nem paz no meu coração.

Se foi apenas sonho, não sei
Só sei que o meu amor primeiro
Foi o mais lindo que sonhei
O sonho mais puro e verdadeiro.

Amor,  96
Maria da Luz Violante

APRISIONADA

Poema escrito numa época em que estive hospitalizada

APRISIONADA

Reclusa deste castelo assombrado
Que mais parece um jardim de agonias
Meu corpo doente, amedrontado
Vê passar tão lentamente
 As noites, as horas e os dias .
Assim distante das alegrias
Nesta tormentosa prisão
Eu olho á minha volta
E só vejo andar á solta 
Os fantasmas da minha imaginação
Começo então a flutuar
No sonho da ilusão
Por isso não vou mas rodar
Neste constante desfiar
Das longas horas sombrias
Vou cortar as algemas
E mesmo sem asas nem penas
Fugirei pela porta das fantasias
Tentarei viajar, sem nunca parar
Em busca de melhores dias
Se não os encontrar
Irei mais longe procurar
Irei mesmo ao tempo sem distância
Em que respirava saúde
Na minha bela juventude
E na minha tão doce infância
Depois de viajar no passado
Acorrento as ilusões desfeitas 
Regresso ao castelo assombrado
Com meu corpo reanimado
Porque já não existem maleitas.

Coimbra, 98
Maria da Luz Violante

SONHOS DE ILUSÃO

SONHOS  DE  ILUSÃO

Ao passar pelo tempo, perguntei por ti
Á saudade que encontrei, ao sol, ao vento
E a brisa me respondeu num lamento :
--Hoje... nem sinal de presença eu vi...

Olhei o céu, as colinas, os montes
Os campos serpenteados de boninas
E aos riachos de águas cristalinas
Eu perguntei: Aonde te escondes ?

Aonde está o amor, a minha proteção
Não ouço a tua voz que me encaminha
Não sinto o calor da tua mão na minha 
A dar-me outro rumo, outra direção ?!

Mas o tempo também me perguntou :
--Que segredos escondes no teu coração?
Não é nada...Apenas sonhos de ilusão
E minha alma tristemente chorou....

Amor, 2, 2, 2015
Luz Violante

terça-feira, 20 de agosto de 2013

REENCONTRO

  1. É para ti este meu poema...Emília Correia minha amiga de infância....Depois de tantos anos foi o nosso:                                          REENCONTRO           

 
Á quanto tempo não te via
Minha amiga doutras eras
Falar-te é sempre uma alegria
É um ressurgir de primaveras.

Neste tempo tão conturbado
De traços e marcas bem severas
Quando o nosso tempo é lembrado
Até parecem sonhos ou quimeras.

E já vai longe essa distância 
Que separou a aldeia da cidade
Mas os passos da nossa infância

São para mim uma doce melodia
Um toque de profunda saudade
Que eu vou cantando em poesia.

Cumeira, Janeiro, 2005
Maria da Luz Violante

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

QUERO

QUERO

Quero subir ao mais alto monte
Para mais de perto Te sentir
Quero subir a cantar e a sorrir
Quero beber da Tua fonte
Para não mais me iludir
Com ninharias, tanta futilidade
Quimeras, fantasias e desvarios
Que nos afastam da realidade
Deixando na alma alguns vazios .
Pois não foi a Tua mão firme
Que traçou para mim este filme...
Quero sair...pular esta cena
Quero respirar a tua paz sublime
No teu suave perfume de açucena.
Quero subir ao mais alto monte
Ao verdadeiro monte de Tabor
Iluminada por um novo horizonte
E quero subir em contemplação
Ficar a sós Contigo em sintonia
Silenciosamente em meditação
E neste deserto, sentir a doce magia
 De ouvir a voz da transfiguração.

Amor,  20, 11, 2012
Violante

AS TRÊS MOSQUETEIRAS

AS TRÊS MOSQUETEIRAS


Mais uma vez as três mosqueteiras
Receberam prémio de soltura
Armaram-se de marinheiras
E mergulharam numa onda de loucura.

Sózinhas naquele mar de amizade
Sol ameno num sopro de frescura
Ó gaivotas alegres, doidas em liberdade
Sobrevoando oceanos de brandura.

Libertas das armas da tortura
Flutuando em águas passadas
Ondas espumosas, arminho de brancura
Se ondulam em conversas e risadas.

Embriagadas neste mar de magia
Taças borbulhando parabéns
Brindando áquela gastronomia
Que a nossa Nanda faz tão bem.

E o paladar fervia ao calor da lareira
Pelo murmurio da onda que vai e vem
Tudo tinha o cheirinho da Cumeira
Sabor enesquecivel da nossa mãe.

Pedrogão, 25, 1, 2002
Maria da Luz Violante

O MEU TRIO

O  MEU  TRIO

Com o meu lindo trio
Meu coração jamais terá frio
Eles me aquecem a alma
Com seus doces beijinhos
Aquele abraço, os miminhos
Me transmitem tanta calma
São traquinas mas cristalinos
São afagos na alma
São encantos, são hinos
São sorrisos interrogantes
Seus olhos, safiras luminosas
São minhas pérolas preciosas
São estrelinhas viajantes.
O meu lindo trio
São os meus amores
A minha alegria, o meu brio
As minhas requintadas flores
Que eu tanto amo e admiro
Pelo perfume que respiro
Nas alvoradas do meu viver
É neles que eu me inspiro
Para cantar o meu renascer.

Amor,  4, 3, 2013
Maria da Luz Violante
(avó lu)

domingo, 18 de agosto de 2013

MULHER MENINA

Mulher Menina, caminha
Sózinha á beirinha mar
Encontra uma pedrinha
E com ela começa a brincar .
Atirando-a ao ar
Mãos á frente e atrás 
Depressa corre, saltita
Até a conseguir apanhar.
Menina mulher, sózinha tudo isso faz
Refresca-se nesse mar de bonança
Sente a sua maresia 
Diverte-se com a alma de criança
E na areia escreve poesia....
Mulher Menina...
Caminhando sózinha
Vai lançando a pedrinha
Cada vez mais alto,mais além
Como se fosse uma prece, um grito
 A ecoar no céu, no infinito
O nome de sua MÃE
E a pedra sempre a subir
Subir como um balão
E  poderosamente a cair
Como uma benção, na sua mão.
Mulher Menina...
Deixou de brincar
Não está mais sózinha
Tem dentro de si a menina do mar
Regressa ao mundo da realidade
Mergulha no mar a saudade
Recolhe dele a mansidão
E a Mulher Menina
Absorta, silenciosa
Guarda essa pedra pequenina
Como se fosse pedra preciosa
No cofre do seu coração.

Pedrógão, junho, 2003
Maria da Luz Violante

INSONIA

Um fim de semana em beleza no Pedrogão, com as amigas habituais.....

                                                                          INSÓNIA

Porque te agitas ó minha alma ?
Porque não paras louco pensamento ?
Se a voz do mar e o silibar do vento
Te convida ao repouso e á calma ?!...

Porque não dormes meu doido coração?
Porque estão tão abertos os meus olhos ?
Se colho  paz e silêncios aos molhos
Se falo com Deus em prece e oração ?!...

Neste oceano de suavidade e porquês
Embalo a euforia nesta doce embriaguez
Da criança que brinca com a espertina


E enquanto toda a natureza dorme
Eu peço um sono profundo, enorme
Como quando eu era muito menina.

Pedrogão, 2002
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O SONO DO TIAGO

O meu pequeno Cámeló
Para adormecer e fazer ó...ó,
Não precisa de embalo
Nem de canções maviosas
Nem de histórias gloriosas
Para dormir que nem um regalo.
Apenas precisa dos meus olhos
Quando já está ensonado 
Diz o meu pequeno Cámeló 
Num vocabulário engraçado:
Avó, ó,ó...dá álhó, dá álhó...
Então eu dou-lhe os meus olhos
E o meu pequenote traquinas
Brinca com as pestanas
Corre as cortinas aos folhos
Abre e fecha as percianas
E espreita as minhas meninas...
Só depois de brincar com elas
Se fecham finalmente as janelas
Das minhas  bambinas.
E o meu pequeno Cámeló
Adormece serenamente, faz ó,ó
Com as suas mãos pequeninas
Nos olhos da sua avó.

Amor, 26, 7, 2011
Avó Lu
( dia dos avós)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

ROTEIRO


ROTEIRO

Em passeio, partimos de Leiria
Rumo ao norte foi a viagem
Mas ao chegar a santa Luzia
Meu Deus como chovia !...
Lá se foi a linda paisagem !...
Impedidos de contemplar a natureza
Na ermida em oração á Santa eu pedia
Que nossos olhos se abrissem á beleza
Da chuva, do sol, dum novo dia...
Nessa breve paragem
Não sei se por milagre ou magia
Os olhos da Santa, talvez miragem 
Ou por graça do céu, a nós sorria.
Assim ao descer a Viana do Castelo
Seguia-se o roteiro em melhor clima
E já não via cenário mais belo 
Do que a vila de Ponte de Lima.
Por aí encontramos pousada
Entre árvores altivas e frondosas
 Uma residencial encantada
Jardins de  flores perfumadas
Gentes hospitaleiras, amorosas.
Na maior tranquilidade
Desfrutamos desse paraíso real
Em repouso se estendia a amizade
Sobre o relvado junto á praia fluvial.
Sem fugir muito do nosso cantinho
Mas de olhos abertos a novos horizontes
Ponte da barca, Valênça do Minho
Pulando colinas, atravessando pontes
Heis-nos nas cidades do país vizinho.
Depois desta tranquila viagem
Sempre na maior harmonia
Regressamos á doce estalagem
Para de novo voltarmos a Leiria.


Amor, 15, Agosto, 99
Maria da Luz Violante

domingo, 11 de agosto de 2013

QUE IMPORTA

Que impora que sejas...
O sol da minha vida
Ou a brisa fresca da manhâ ?
Se és estrela que brilha de fugida ,
No deserto duma esperança vâ ?!
Que importa que sejas..
O meu céu estrelado
Ou a minha noite de luar ?
Se és o céu nublado
Cascata nos meus olhos a chorar ?!
Que importa que sejas...
A minha primavera florida
Ou um ramo de rosas nos teus braços ?
Se o perfume são embaraços
Dos espinhos que nos abrem feridas ?! 
Que importa que sejas...
A luz da minha vida
Ou a minha doce aventura ?
Se és uma rocha arrefecida,
Calor que não arde em loucura ?!
Que importa que sejas...
O meu firmamento, o meu paraíso
Ou o sonho nas minhas gargalhadas ?
Se és o silêncio do auxente sorriso
Tempestade numa conha fechada ?!
Que importa que sejas...
Meu companheiro de jornada
Ou a minha fonte de água ?
Se és a minha sede e a minha mágoa
E eu, o grão de areia na tua estrada?!
Que importa que sejas...
O tudo, o pouco ou o nada ? 
Se te quero ou te amo ?
Que importa o que sinto ou já senti ?
Nada importa !...
Nem sequer esta lágrima
Que teimosamente foge para ti !...

Amor,   94
Maria da Luz Violante
 

GOTA DE MAR

              GOTA DE MAR

Com saudade olho-te á distância
Enquanto caminho na marginal
Sem meus brinquedos de infância
Tenho medo de descer ao areal.
Assm faço a minha caminhada
Como se fosse bola de cristal
Sem pegadas na areia molhada
Sem banhos de espuma, sem sabor a sal.
Mas hoje,... não sei porquê,... Hoje não !...
Impulciona-me forte desejo no coração
Que não resisto em me aproximar....
Há, quanto tempo minha paixão
Me foi lida a sentença, a proibição
De mãos dadas contigo passear.
Mas hoje não,... não quero saber de saúde
Teu canto melodioso é um toque de alaúde
Um chamamento a esse hino sem fim
Meus desvarios começaram ás voltas
E ondas de alegria corriam soltas
Por esse mar que mais parecia um jardim
Tão bonito, tão meigo, tão sedour !...
Junto de ti rejuvenesci ó meu amor !...
Á tua beira caminhei sem me cançar
Nesta despedida, fim de Agosto
Ficaste mais atrevido e bem disposto
Que até meus pés vinhas beijar.
Mas amanhâ á tardinha vou voltar
Quero como antes ser gota de mar
Para de novo contigo passear
Até lá longe junto ao rochedo
Quem sabe se não vou perder o medo
E nas tuas ondas vou mesmo mergulhar.

Praia do Pedrogão, 31, 8,  2005
Maria da Luz Violante

sábado, 10 de agosto de 2013

VIRAGEM


VIRAGEM

Já não há mensagens
Nem passeios, nem viagens
Por este pequeno universo
O "rebanho" anda disperso
Quebrou-se o encanto
Fugiu a magia
E o que eu gostava tanto
Diluiu-se em cena doentia.

Já não há mensagens
Nem belas paisagens
Nas nossas caminhadas
A vida nos deu distâncias
Evolaram-se alvoradas
Que tocavam nossas infâncias.

Já não há mensagens
Sumiram-se as imagens 
E nem o telefone sabe tocar
Já não há longas conversas
Das histórias tão diversas
Que tanto nos fazia gargalhar.

Já não há mensagens
Nem convívios nem paragens
Para que possamos brindar
Àquele calor de amizade
Que vibrava num alegre cantar
Da nossa cumplicidade.
Agora há sim, uma paragem
Uma enorme saudade
Que nos acompanha nesta viragem.

Amor, 10, Agosto, 2013
Violante

OS MEUS POEMAS

OS MEUS POEMAS

Os poemas que te escrevo
São a voz com que me atrevo
A dizer o que se não gosta
São palavras sem serem lidas
São mágoas incompreendidas
São mensagens sem resposta

 Os poemas que te escrevo
São vozes difíceis de calar
São tudo aquilo que não devo
Ao conjugar o verbo amar
Nas doces quimeras que vivi
Nas noites de insónia, sem dormir
Meus poemas são flores por abrir
São a voz sem eco dentro de ti.

Os poemas que te escrevo 
São fantasias em segredo
Que em miragem e a medo
Vou pincelando como pintor
As frases sem beleza, sem cor
São a mão com que te leva
A grandeza do meu AMOR.

Os poemas que te escrevo
  São o refugio da frustração
São preces que ao céu elevo
São silêncios de perdão
São desabafos de coração
Batidas em constante desatino
São a voz da inspiração
Do que eu vivi e imagino.

Os poemas que te escrevo
São a voz do campo sem trevo
                    São versos, sem canções
                    São risos sem gargalhadas
                     São o desfolhar de emoções
                     São tudo e não são nada.

Amor,  20, Junho,  2015
Violante


A RIBEIRINHA

A  RIBEIRINHA

Parei na ponte da ribeirinha
Pousei na água o meu olhar
E debruçada em jeito de brincar
Lancei bem longe uma pedrinha.
Foi como se atirasse ao mar
Os meus vadios pensamentos
Tão agitados pelos ventos
E tanto me fazem balançar.
Como querendo mesmo afogar
Mergulhei em profundidade
Toda a minha ansiedade
Tudo o que há em mim e não presta
Abri meus braços em liberdade
Olhei bem á minha volta
Vi árvores com folhas á solta
Bailando em grande festa.
Ouvindo a água a cantar
Também eu redopiei, bailei
Bailei, até me cansar
Voltei a caminhar e caminhei
Sentindo a ribeirinha transparente
A correr, fluir na minha mente
Numa ondinha de paz a borbolhar

Amor, 7, 7 2013
Violante

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CAMINHO DE ESPERANÇA


Peguei na bagagem
Revesti-me de coragem
E parti... parti...
Pelo deserto da vida
Em busca da terra prometida
Em busca de mais, 
Em busca de Ti...

Por entre tantos espinhos
Rasguei mil caminhos
Na Tua direção corri
Como autrora a multidão
Também eu busquei compaixão
Também eu Te segui.

Segui sempre em frente
Até que finalmente
Vi o caminho da Esperança
E ao chegar bem perto de Ti
Todos os medos perdi
Ao viver na tempestade, a bonança.

Amor,  1997
 Maria da Luz Violante

O VOO DA LIBERDADE

Nas asas da liberdade
Levei comigo a saudade
A passear lado a lado
E busquei tanta felicidade
Que julguei ver realidade
No presente o passado.

Pelas romarias engalanadas
Passeamos de mãos dadas
Revivendo floridas paixões
E as nossas primaveras
Perfumavam quimeras
Na conquista de corações.

Pelas praias escaldantes
Nos refrescamos radiantes
Nesses anos bem dourados
E em alto mar flutuamos
Nas lindas asas  voamos
Mistos de sonhos rosados.

Subindo agora mais alto 
E sem qualquer sobressalto
Fomos lanchar á S, do monte
E já sem asas coloridas
Ainda vejo as encostas floridas
Nesse distante horizonte.

Rebuscando a mocidade
Embalei-a com amizade
 No colo das recordações
Sempre ao lado da saudade
Vivi encanto e suavidade
Ao viajar doces ilusões.

Amor,  19, Abril, 1998
Maria da Luz Violante

VERBO AMAR

VERBO  AMAR

Se tu meu amor
Olhasses na minha direção
 E visses o sol-pôr
Com a mesma visão;
Se soubesses entender
Tudo o que sei escrever
Na minha forma de cantar,
Se nas entrlinhas
Soubesses ler meu pensamento
Partilhar meu sentimento
Conjugar o mesmo verbo amar;
Se soubesses escutar a voz do vento
Ou o marulhar do mar,
Se ao olhares o céu
E nele pudesses sonhar,
Contar as estrelas numa noite escura
Como se fosse noite de luar;
Se soubesses falar com as flores
Brincar, sorrir como uma criança
Pintar a vida com outras cores
E vivê-la sempre em bonança.
Há ! minha vida, minha paixão
Como seria bom !...
Se cantasses no mesmo tom
A mais linda canção;
subirias comigo ao monte
Rasgarias um novo horizonte
E eu ao mundo inteiro gritava:
Quem vê o que eu vejo
Bastava um simples beijo
E tudo se transformava.

Amor,  2015
Luz Violante

BAILA COMIGO

Contigo quero dançar
Ao sabor desta música
          maluca atrevida
Que em mimfaz vibrar
De amor quero sentir-me
                           invadida
Nos teus braços balançada
Ternamente perdida
E loucamente apaixonada.

Contigo quero dançar,
Quero sonhar
Ouvir o que a música me diz
Quero correr, saltar 
Sentir-me extasiada
E gritar que sou feliz
Porque estou apaixonada.

Já não sinto solidão
Esqueci a tristeza
Em mim despertou a beleza
Do amor no meu coração.

Amor,  93
Maria da Luz Violante

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O MEU OLHAR

Fecho os meus olhos...
Não vejo nada e vejo tudo
Vejo o que não queria ver
E o meu silêncio fica mudo
Ao ver a esperança desaparecer
Ao ver a fome de tanto querer.
Fecho os meus olhos...
Para melhor me interiorizar
Vejo nuvens de algodão
Com elas eu queria flutuar
Elevar minha oração
E no Divino deixar-me repousar.
Mas logo me disperso
Ao olhar o meu interior
E neste meu universo
Eu fecho os olhos ao amor
Mas vejo o meu amado
A percorrer as avenidas
 Da minha memória
E eu de olhar cerrado
Não vejo nada e vejo tudo
Vejo meu tempo de longa história
Onde minha mente se perde a divagar
E o meu silêncio fica mudo
 Ao ver meu coração a chorar .

Amor, 27, Junho, 2014
Luz Violante

PRECISO DE TI



PRECISO DE TI


No meio de tanta confusão
Eu queria calmamente parar...
Atravessar o mar da ilusão
Apresentar-te o meu coração
Preciso tanto de te falar !...
De estar a sós  contigo
Aqui, ali, em qualquer lugar
Como irmão, como amigo
Preciso tanto de te falar !...
Deixar soltar confidências
Do meu "eu" que tanto estremece
Das minhas longas ausências
E tudo o mais que me entristece.
Preciso de ti....
Para recompor a vida
Acordar do sonho que alimentei
Restaurar minha alma partida
E dizer-te que me enganei.
Depois sentar-me á beira do tempo
Para melhor dialogar contigo
E em silêncio gritar ao vento
Que tu és o meu porto de abrigo
A minha âncora de salvação
Eu queria tanto contigo navegar
Noutro mar, noutra embarcação.
Amigo dá-me a tua mão
Preciso tanto de te falar !...

Amor, 26, Maio, 2015
 Violante

PASSEIO




Lá vai ela descer á praia
Leva consigo alma de catraia
Para brincar durante o passeio
Sempre juntas de mãos dadas
Fazem longas caminhadas
Nesta hora do seu recreio .

O mar gigante e feiticeiro
Querendo ser companheiro
No jogo também quer entrar
Faz-se então rasteirinho
E muito ao de leve e mansinho
De vez em quando os pés vai beijar

Brincando com a maré vazia
Dançam ao sabor da melodia
E tudo serve de diversão
Desde as pedrinhas brilhantes
Que mais parecem diamantes
Até ás pegadas no chão.

Os papagaios ás cambalhotas
Querendo voar como as gaivotas
Prendem bem o seu olhar
E os lindos castelos na areia
São no sonho a maré cheia
Sem nada os conseguir derrubar.

Já com o lindo dia a findar
Despede-se do pôr-do-sol e do mar
Fixando bem os olhos na distância
A simplicidade da vida
Faz com que seja mais divertida
Quando se brinca com a infância.

Praia do Pedrogão, Julho, 2003
Maria da Luz Violante

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

DIA NÃO

DIA  NÃO

Não,  hoje não...
Não quero falar,
Que ninguém me diga nada
Quero estar só, preciso chorar
Quero ficar de joelhos prostrada
Em penitência, em oração...
Não,  hoje não...
Que ninguém me faça perguntas difíceis
Quero ficar em deserto, em meditação
Quero analisar alguns desníveis
E derramar lágrimas de perdão,
Por aquele sentimento mesquinho
Que se instalou no meu coração,
Se cravou nele como um espinho
E me fez chorar até á exaustão.
Não,  hoje não...
Não quero ver ninguém á minha frente
Sómente "Alguém" que me deu a visão,
Me despertou, me abanou fortemente
E me deu a conhecer um pouco
A podridão deste mundo louco
Que estava a infetar a minha mente.
Hoje.......
Só quero este cantinho sem ninguém
Aninhar-me no colo de minha mãe
Sentir-me de novo pequenina, mimada
Preciso sentir o afago da sua mão
Que me faça levitar noutra direção
De alma transparente, renovada...

Amor, 15, 3, 2015
Violante

terça-feira, 6 de agosto de 2013

CAMPONESAS



Há sempre festa e poesia
Quando nos encontramos na nossa terra
E há entre nós a sintonia
De percorrer os caminhos doutra era.
Assim vão as três romeiras
Pelos atalhos da Cumeira
Que são sempre a nossa foz.
Há um reviver de primaveras
E até o desfolhar de quimeras
Á nossa alma dão voz.
E se o calor aperta
Neste desportivo passear
Há  sombra do carvalho enorme
Onde a saudade pode relaxar
Mas há que ficar alerta
Não vá qualquer cobra que dorme
Despertar da sua sesta.
 Caminhando sem pressa
Tudo serve tema de conversa
Desde a vinha enrramada
Aos ninhos e terra estorriada 
Refugio do imenso calor
Há ! como nos rimos á gargalhada
Pelas camas improvisadas
Onde se deitava o amor.
Esta liberdade camponesa
Dá-nos vigor e muito mais encanto
Pois ser filha do campo 
É o fruto mais apetitoso da natureza 


Amor, 20, Junho, 2004
Maria da Luz Violante 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

AMIGO INVISIVEL




Tenho um amigo invisivel
Que mora no meu coração
É bem animado...É incrivel
Como brinca na minha imaginação .

Estamos sempre em sintonia
Nunca, nunca nos zangamos
Partilhamos o doce da alegria
E do amor nos encantamos.

De tudo eu falo com ele
Dos anjos, nós conversamos
E mais disto, daquilo e daquele
E dos sonhos que nós abraçamos.

Ao faz de conta nós brincamos
Como crianças, como petizes
E rimos e muito gargalhamos
E assim somos super felizes.

Com meu amigo invisivel
Vivo em paz, em harmonia
Numa linda e perfeita amizade
Com o meu coração sensivel
Ele dita e eu escrevo poesia
Sempre na maior cumplicidade.

Amor, 19, 1, 2013
Violante

O PASSEIO DA MARIPOSA



Aonde vais mariposa
Nesse teu longo caminhar
Tão tristinha, tão silenciosa
Tão só entre as dunas e o mar ?
Aonde vais mariposa
Tão alheada, de tudo abstraida
De asas caídas, tão anciosa
Buscas um oásis no deserto da vida ?
-- Quero sómente caminhar...
Ir por essa praia além
Afastar-me, até não ver ninguém
Quero caminhar sózinha
Para dizer que a fúria do mar 
Não é maior que a minha...
-- Mas olha bem, mariposa
As ondas não estão revoltas
Escuta a sua voz, é tão melodiosa !...
E o bailado das gaivotas ?
As piruetas, as reviravoltas ?
São como a poesia graciosa !...
Estende o teu olhar mariposa
E contempla a beleza do mar
Mergulha na água espumosa
Toda a tristeza do teu penar...
Depois sacode as tuas asas feridas
Sonha que estão mais leves e coloridas
E com elas começa a voar...voar......


Praia da Vieira, Agosto- 2010
Maria da Luz Violante

domingo, 4 de agosto de 2013

O AMOR


De olhos bem abertos o AMOR
Olhava a primavera á distância
E a correr pelos campos em flor
Perdia-se a brincar com a infância.

Navegava nesse jardim de fragrância
Enamorava-se das cores da alegria
E pelos atalhos colhia em abundância
Braçados de emoções num céu de poesia

O AMOR vestia-se do verde da esperança
Escondia-se nas papoilas rubras e macias
E ficava-se assim parado na lembrança
Ao sentir nas pétalas um toque de magia

De olhar contemplativo olhava os longes
Suspirando de mãos dadas á felicidade
E enquanto rezava como os monges
Passava o AMOR numa brisa de saudade.

Maria da Luz Violante

O COMBOIO DA AMIZADE


Como companheiras de jornada
Como meninas adolescentes
Vamos passear,vamos contentes
Em viagem tão desejada.
E numa salutar liberdade
Lá vamos nós no comboio da amizade
De bagagem bem recheada
De coisas e loisas e muita alegria!
Tão entretidas a conversar
Nem damos conta do tempo passar 
Nem o virar a esquina de Leiria.
 Distãnciadas da terra das nossas mães
Para um passeio histórico e genial
Nesta cidade de Guimarães
Fomos embaladas no berço de Portugal
Pelas santas mulheres de Jerusalem;
Que mais parecem Marta e Maria :
Virinha, nos delicia com saborosos manjares
Amália, nos acompanha como guia
Tudo nos dá aconhecer
Lindas igrejas e grandes solares
E como eu gostei de reviver
Senhora da Penha, ó panorama belo !
Escalar penedos,subir ao castelo
Saborear a vitória das batalhas
Espreitar por entre as muralhas
O valor das antiguidades,
Palácio dos duques e museus
Como tudo é bonito meu Deus !
A conquista de novas amizades
Que levamos á nossa cidade
A bagagem vai cheia de gratidão
Pela melhor hospitalidade
Das meninas sem idade 
Que viajam connosco no coração.

Amor,  27, 8, 2008
Maria da Luz Violante

A MINHA CIDADE

Se tu amigo... viesses ver
A minha cidade de Leiria
Sentirias um novo resnascer
Para cantares o hino da alegria.

Olhando a cidade desdobrada
Da Senhora do Monte ou do castelo 
Cantarias uma harmoniosa alvorada
Ao desfrutares o cenário mais belo.

Mergulhavas numa doce paixão
Das águas do nosso rio Lis e Lena
Subirias á Senhora da Encarnação 
Em oração perfumada e amena.

Das praias respiravas maresia
Que se estende pela cidade
Se tu amigo... viesses a Leiria
Viverias a magia da felicidade.

Sendo tua guia e desta maneira
Dava-te a saborear rimas de fogo
Dos nossos poetas Afonso L.Vieira
Rei D. Dinis e Rodrigues Lobo.

Depois marchavas até ao quartel
Rejuvenescias noutras cavalarias
E nas recordações com sabor a mel
Floreadas com as rosas de S. Isabel
Oh ! como cantarias novas poesias !!!

Amor, 15, 12, 2013
Violante 

sábado, 3 de agosto de 2013

DIVAGAÇÃO

Gosto de passear...
No silêncio do teu amanhecer
Na sombra do teu entardecer
E ir mais além, descortinar
Tentar compreender
O meu querer de te ver
Sem que vejas o meu olhar.
Gosto de me esconder
Na tua vasta floresta
Ver tua natureza em festa
Passear pela tua ilha deserta
A teu lado sem me veres,
E lá permanecer contigo
Sentir teu ombro amigo
Mesmo sem nada dizeres.
E pelo anoitecer...
Entre as tuas estrelas eu passeio
Com elas gosto de conversar
E nessa teia me enlear
Sem ser teu enleio.
Gosto muito de te ler...
Nas páginas de brandura
E mesmo sem tu me leres
Gosto do teu toque de ternura
Sem eu sentir e sem tu saberes.
Gosto de te ver...
Mesmo que não vejas 
Quando ao de leve me beijas
Sem eu...e tu quereres.
Gosto de percorrer...
Todas as avenidas do teu ser
Ir aos recantos mais risonhos
Gosto de entrar nos teus sonhos
Sem sequer me sonhares
E sem qualquer magia ou poder
Gosto de te ver
Mesmo sem me falares...


Amor,  9,  7, 2013
Violante

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CASTELOS DE SONHOS

Ergui em sonhos, lindos castelos
Com torres de marfim guarnecidos a ouro
Neles guardava um grande tesouro
Que os tornava ainda mais belos.

Eram rendilhadas as muralhas
E as torres de tão altas quase tocavam o céu
Nelas venci grandes batalhas
Porque estavam protegidas por um divino véu.

Meu Deus !... Como dava gosto vê-los,
Lá em cima tão altos !..Tão altos!...
Mas de tão altos logo começaram os sobressaltos
Tanto lutei, como quis defendê-los...

Castelos do meu sonhar
Torres  de sonho tão lindo
Como sonho desfeito foram decaindo
E um a um tão baixo vieram parar.

Mas não vou deixá-los na derrocada
Outros sonhos em castelos irei erguer
E a minha alma vai ficar deslumbrada
Porque sonhando acordada
O céu vai dar-me outras armas para VENCER

Amor,  Agosto de 1996
Maria da Luz Violante

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A VOZ DA POESIA




É nas tardes amenas ou manhãs douradas
Que marco encontro com o imaginário
E caminhando de mãos entrelaçadas
Vamos desfiando um aliciante rosário.

Namorando com doces palavras sonoras
Tecemos lindos sonhos com o nosso olhar
E enquanto nos embriagamos com amoras
Os passarinhos nos atiram beijos de encantar.

Em vénias se inclina o cheiro do pinhal
Perfume que desfrutamos doidamente
E o bailado harmonioso das folhas do faial
É brisa suave que brinca na nossa mente.

Por nós esvoaçam borboletas e joaninhas
Que brilham no nosso coração sonhador
E o sussurro das correntes águas ribeirinhas
Cantam para nós uma nova canção de amor.

De todos os recantos espreitam flores
Que sorriem tão simples e engraçadas
Revestem os campos de matizes multicores
E enchem de alegria as nossas caminhadas.

Passando pelo parque e fontanário
Refrescamos nossa jornada e fantasia
E durante o percurso do nosso itenerário
Escutamos triunfantes a voz da poesia


Amor,  9, 1, 2013
Violante