Olá amizades !

Criei este blogue "Os meus Retalhos " para mim,

para ti,

Para os amantes da poesia.

Cada retalho é um elo de ligação á amizade.

Por isso, podes te unir, ler..... e se gostares,

ficarei feliz.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

FRUTOS DE SAUDADE


FRUTOS  DE  SAUDADE


Estendo a mão...
Aos frutos de verão
Da minha herdade
E numa alegre canção
Em gestos de gratidão
Colho frutos de novidade:
Pêras,delícia, bem apetitosas
Figos e ameixas formosas
E tantas...Tantas mais..
Subo e desço ladeiras
Á busca das uvas cardinais
E enquanto trepo ás pereiras
Caídas nas sarrabaceiras
Eu estendo a mão...
Á Divina Proteção
Invento maneiras
Procuro rimas
Nestas terras ancestrais
Para rebuscar vindimas
Nas encostas em festivais
Estendo a mão...
E desfruto em abundância
O que vai ficando na distância
Em frutos no coração.
Desdobro então palavras
Faço com elas uma oração
Por ti meu irmão
Que a terra lavras.
Estendo a mão ás novidades
Abano bem os ramos
Sacudo os desenganos
E no meu regaço
Caem frutos de saudade


Cumeira  19,  9, 20013
Maria da Luz Violante


sábado, 28 de setembro de 2013

SAUDADE (2)

SAUDADE (2)

Tenho saudade...
Dos teus olhos risonhos
Que me fitavam
E eu,
Entontecida no teu olhar
Mergulhava
Num mar de sonhos.
Tenho saudade...
Dos teus lábios ardentes
Que me beijavam
Me sorriam
E me falavam
                     Docemente;
Dos teus braços
Que me abraçavam
E me embalavam
                    Suavemente;
Das tuas mãos
Que me acariciavam
E nas minhas entrelaçavam
                       Ternamente;
Tenho saudade...
Do teu peito
Onde me encostava
E sorria e chorava
Com o palpitar do teu coração
Que eu sentia , e vivia
O amor que eu amava
                             Com paixão.

 Luz Violante
De modo nenhum poderia passar em vão este fim de semana. Eu e o meu amado pernoitamos nos "retalhos" o que para mim e para quem me conhece mais de perto sabe que é algo muito importante.... assim como se fosse um milagre.  E como também não poderia deixar de ser, aí vem as lembranças do nosso namoro..... Eu romântica assumida e sem cura, vejo que o tempo passou, muito mudou, mas muito permanece vivo na minha memória ,porque o Amor ali nasceu e ali ficou.....

SAUDADE


Meu cantinho de saudade
De ti me recordo e me deleito
Nos sonhos que vivi na mocidade
E ainda me alvoroçam no peito.

Ali naquele banco sentados,
Quando me olhavas com desejo,
Sinto  nossos corpos abraçados
E nossos lábios colados,
Num eterno e longo beijo !

Eram teus e eram meus
Os olhares e beijos trocados!
Eramos  tão enamorados
De um amor ditado por Deus

Agora presa aos encantos teus,
No sonho, na vida , na realidade
Sinto rolar dos olhos meus
Duas lágrimas de saudade.

Amor,   93
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

INTIMIDADE





INTIMIDADE

Esta noite descestes até mim
Entraste na minha intimidade
Pela paz, pela alegria pela  bondade
E eu me senti a flor mais amada do teu jardim.
Tocaste bem forte meu coração
Quando descias sobre mim
E eu subi á contemplação
Ao deixar-me tocar assim.
Em silêncio, sem palavras, sem voz
Em verdadeira comunhão
Somente o amor a falar por nós
E a nos envolver numa pura paixão.
Esta noite, foi a noite do sim
Momento culminante, tão só nosso
E eu queria que não mais tivesse fim
Porque compreendi
Que viver sem ti
Eu não consigo, não posso....


S, Romão, Outubro,  2003
Maria da Luz Violante

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CURA INTERIOR

        Como os meus retalhos passaram a serem um pouco só meus...Hoje sinto a necessidade de escrever, de reviver um seminário que fiz em Fátima e que tanto me ajudou a crescer espiritualmente... Como tudo o que me toca eu tenho de escrever, espero que ao reler este meu poema me dê uma  vivência bem forte que mude um pouco o meu horizonte.....


         CURA  INTERIOR


Hoje quero convidar-Te Amigo
A um passeio a sós Contigo....
Por favor, toma a minha mão
Percorre todo o habitat do meu ser
Desde a concepção até ao nascer
Toca o meu corpo e deixa-me são.

Eu sei que nesse meu passado
Já era por Ti muito amado
Porque estavas presente Senhor
Por isso Te peço PAI Querido
Se qualquer mal me foi transmitido
Me cures agora com o Teu Amor.

Vai ao profundo do meu interior, Jesus
E trás contigo a Tua radiosa LUZ
Para iluminar os cantos mais recônditos
Dos meus ancestrais até á 4 geração
Quebra todos os laços genéticos nocivos
E a todos salva com o Teu perdão.

Jesus meu grande AMIGO
Te peço que revivas comigo
Cada segundo do meu viver
E me tragas á lembrança
Qualquer mágoa de criança
Que possa ainda permanecer

Caminha na minha adolescência
E ao subires a montanha dessa existência
Com todo o Teu poder SENHOR
Vai derrubando os enormes rochedos
Da timidez  e muitos pesadelos
Deixa fluir Teu sangue purificador.

Ao passares por toda a habitação
Repara bem no lugar da arrecadação
Nesse meu confuso inconsciente
Nele habita desordem, desarrumação
Muitos pontos de interrogação
A projetarem-se negativamente.

Depois de remover recordações
Deixa-me chorar minhas emoções
E continua a segurar bem a minha mão....
Por este passeio, amo-Te mais e agradeço
O Teu carinho que jamais esqueço
Obrigada JESUS pela libertação


Fátima,  Março,  2004
Maria da Luz Violante


GUERRA SANTA




GUERRA  SANTA


Rebentaram.se canhões
Muito próximo de nós
Feriram nossos corações
E acabamos por ficar sós.

Instalaram-se confusões
Numa nuvem de fumo
Geraram -se desilusões
E tudo ficou sem rumo.

Á deriva numa guerra santa
Entre silenciosos tiroteios
Ó luta que me desencanta
Ó doce paz dos meus anseios


Amor,  2008
Maria da Luz Violante.


MÁ LÍNGUA

MÁ  LÍNGUA

Dedo sempre pronto a apontar
Os defeitos de qualquer irmão
Dentes afiados a mastigar
Como se os erros fossem pão.
Ouvidos abertos á escuta
De falhas, dalguma imperfeição
Línguas perversas em disputas
Pela critica da incompreensão
Assim se vão tecendo comentários
E conversas más, destrutivas
E o dedo apontado a temas vários
Agredindo almas de forças vivas
Tudo serve para desvirtuar
A igreja, o padre, o sacristão
E nos pântanos afundar
A melhor reputação
Pés de barro, vendas nos olhos
Que nos impede de ver o brilho da luz
Olhos turvos, opacos, só vêem abrolhos
Quando se não tem o olhar de Jesus

Amor,  16,  6,  2008
Maria da Luz Violante

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

SAMARITANA



        SAMARITANA


Vinde ver !....
Aquele que chegou ao poço de jacob
Sentindo a sede humana...
Vinde ver !...
Aquele que me pediu de beber
A mim que sou Samaritana ?!....

Vinde ver !...
O Profeta que falou do meu viver
Dos meus cinco maridos....
Aquele que tocou meu coração
E despertou os meus sentidos
Sem qualquer recriminação....
É o Homem que me fez renascer
Pelo perdão me deu a beber
A água viva da salvação....

Vinde ver !...
Aquele que me deu a conhecer
O quanto Deus me ama
Mostrou-me a verdade
A nascente da felicidade
A mim que sou Samaritana !!!

Vinde ver !...

Amor,22, 10,,2007
Maria da Luz Violante

PROVAÇÃO


PROVAÇÃO

Tão grande deve ser o meu pecado
Para andar comigo a meu lado
Como se fosse pertença sua
Mesmo sem lhe dar permissão
Com mãozinhas de algodão
Vai-me despindo até me deixar smi-nua.

Assim me vejo vazia, um nada
Ao ver-me ferida e tão atraiçoada
Por aquele mafioso do inferno
Aprisionou-me de  pé e mão
Fez-me sentir erva no chão
Ao tocar-me pelas forças do inverno.

Mas nem por isso fico derrotada
Ao ser atingida no que eu mais amava
E tudo o mais que eu dava valor
Meu safado não rias á gargalhada
Que minha alma jamais será tocada
Porque tenho por Deus muito amor.

Sua Poderosa Mão se estende de bondade
Ao permitir do mafioso a crueldade
Para me fazer mais fiel na provação
Mesmo com lágrimas nos olhos
Pelas emoções, por tantos abrolhos
Eu sei que depois do frio vem o calor do verão

Amor,  27, 6, 98
Maria da Luz Violante

UM RETALHO PINTADO DE SAUDADE



Esta é a igreja onde a Clarinha casou e baptizou os seus dois filhos, Renato e Tiago.Por aqui passaram alguns Padres que de certa maneira foram um marco na nossa vida espiritual, como leigos em missão com a igreja.
Foi no dia 22 de Setembro de 2013 que deu entrada o novo pároco Isidro e a despedida do nosso querido Padre Melquiades. Com ele eu pintei um retalho de profunda saudade..... Durante 7 anos tive a alegria de ver nele o rosto de meu pai e bem vivas certas expressões, que jamais irei esquecer... Louvo e agradeço a Deus esta graça que me foi concedida. Bem haja Padre Melquieades !!! E que seja bem vindo Padre Isidro.


Amor,  22,  9,  2013
Maria da Luz Violante

Nota: O escuteiro da frente é o meu Diogo....

SAUDADE


             SAUDADE

Aonde me levas saudade....
Aos campos em matagais ?
Oh! Mas esta não é a herdade
Jardim florido de meus  pais ?
Aonde estão aqueles pomares 
Que perfumavam os ares
Com aquele cheirinho a maçãs?
Por onde andam as vozes canoras
Que tornavam mais doces as manhãs ?
E os caminhos debruados de amoras
Que eu tanto gostava, amava demais?
Porque me levas saudade
A estes campos ancestrais?
Se me trazes á realidade
O que não pode voltar mais ?
ó meu Deus, que saudade !...
Que sau- da- de !...
Que sau--da--de !...


Cumeira, 27, 7, 2007
Maria da Luz Violante

terça-feira, 24 de setembro de 2013

AQUELE MAR


AQUELE  MAR

Eu sou aquele mar embravecido
Que em mim se agita furiosamente
Como se fosse um vulcão;
Perverte o meu ser, o meu sentido
Faz-me explodir silenciosamente
Numa constante inquietação.
E eu sou nesse mar
Nessa grande imensidão
Lágrimas que em gotas de tristeza
Se formam em ondas de agitação
Que não descansam, nem se cansam
De  balançar meu coração.
E sempre em movimento
Eu sou aquele mar que teme
Que grita, que chora, que geme
E se espuma de raiva no meu pensamento.
Eu sou naquele mar
A tempestade que me envolve
Nos gritos de silêncio que me remove
E me faz chorar baixinho
Por não poder bem alto gritar
O amor ,o afecto, o carinho
Que não tenho nem sinto
Na minha  força de remar
Eu sou aquele mar
Em que a fúria das ondas
Se batem freneticamente
Em todas as faculdades do meu ser
 Salpicam de angustia o meu viver
E me fazem remar.... remar...
Á deriva, perdidamente


Amor,  93
Maria da Luz VIolante

sábado, 21 de setembro de 2013

CALMARIA


Neste fim de semana fomos festejar os anos da FATICA ao Pedrogão, com o grupo completo. No domingo tudo se foi embora...,mas como já era Carnaval  eu e a Fatica ficamos até á terça feira, aproveitando para descansar ......

CALMARIA

É bom mudar de ambiente
Fugir da rotina, desanuviar
Viver algo diferente
Bater as asas e voar
Como gaivotas em liberdade
Voando no azul da felicidade
Navegar num mar de bonança
Depois estender as asas e  praiar
Arrastando connosco a lembrança
DE como é bom viver em deserto
Ter sossego, muita paz e harmonia
Contemplar o mar tão de perto
E sentir bem a sua calmaria
Ter presente os nossos labores
E com a cor do céu e raios de sol
Tecer com gosto o mar e o farol
Dando á vida outros sabores
Nestes dias calmos de lazer
Nestas horas alegres e divinas
É como se fosse um alvorecer
Dos doces retalhos de meninas
É bom sentir o calor da lareira
Depois que o sol se escondeu
E á chama dessa fogueira 
Somente  Fatica e eu
A encher de riso a praia inteira
E já na cama deitada
É bom ouvir o mar
Num murmúrio tão suave
Que mais parece um gorjeio de ave
A despertar uma nova madrugada.

Pedrogão,    27,  1,  2001
Maria da Luz Violante

ASAS DE LIBERDADE

Muita saudade deste primeiro fim de semana no Pedrogão em casa da Fatica. Jamais irei esquecer este, por ter sido o 1 e depois os outros que se seguiram. Á sexta feira íamos só nós a tripla, ao domingo iam ter connosco os nossos amados, filhos e mais tarde netos. Convívio e amizade que nos tem acompanhado sempre.....

                                                            ASAS  DE  LIBERDADE



Rompi cadeias,
Derrubei obstáculos
E voei... voei...
Nas asas da liberdade
E numa onda de felicidade
Voei sobre a terra ,sobre o mar
Numa ânsia de flutuar
De espírito aberto, bem solto
Alegre como um passarinho
Deixei para trás um mar revolto
E mergulhei num mar mansinho.
Ainda voei sobre a maré cheia
E  depois dum voo rasante
Sacudi as asas na fina areia
Noutro voo saltitante.
Sobrevoei as lindas casas
E  numa delas entrei
Desdobrei as minhas asas
E feliz me espreguicei
Na maior tranquilidade
Eu respirei ar puro da amizade
Entre a Fatica e a Nanda
Neste panorama me deslumbrei
Olhei através da varanda
Saltando, voando no infinito
E tudo me parecia mais bonito
E neste tudo me deleitei:
Os pinheiros baloiçando
Chuva miudinha caindo
O mar marulhando
E o sol de vez em quando
Aparecia sorrindo
O vento soprava
A lareira ardia
Junto a ela se gargalhava
Tanta escrita a por em dia
Muito se falava
Até de sonhos e astrologia
Também se rezava
PAI-NOSSO  AVÉ- MARIA
E já na cama deitada
Ainda se conversava
Ouvindo a voz do mar
Era uma doce melodia
Pró  meu sono embalar
Mas eu não dormia
Continuava a voar
Neste mar de magia.

Pedrogão,  28,  3,  99
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O TRIO DE SEMPRE


O primeiro fim de semana em casa da Fatica no Pedrogão e O TRIO DE SEMPRE

Como meninas bem comportadas
Pelos maridos fomos premiadas
Com um fim de semana em belo
Livres !... Nem queríamos acreditar
E em voo fomos mergulhar
Para longe do nosso castelo.

Num imenso deserto
Só tínhamos por perto
A nossa grande amizade
E ali bem junto do mar
Nós pudemos extravasar
A nossa pura liberdade.

Sempre como boas amigas
Entre conversas de mil cantigas
Construídas  de mil nadas
E era tanta a folgosa alegria
Que perfumava de maresia
As nossas francas gargalhadas.

Sentadas junto á lareira
Recordamos a Cumeira
Com seus campos floridos
E no colo das recordações
Embalamos saudades e emoções
E até os nossos ente queridos.

Revivendo chamas tão ardentes
Fomos meninas adolescentes
E ainda crianças traquinas
Fomos também flores boninas
Nas tão singelas brincadeiras
E nesse jovial entardecer
Nos sentimos renascer
Como sinceras companheiras


Pedrogão, 28, 3, 99
Maria da Luz Violante

JANELA DO MAR


As ultimas férias que fiz com meu Pai na casa do meu irmão Kim....... Saudades!!!

JANELA DO MAR

Logo ao despontar o dia
Á minha janela vou espreitar
Para ver como está o mar
Que é toda a minha magia,
Minha musa, meu encanto
Mas para meu espanto
Nem queria acreditar
Pois á muito eu não via
Tanta mansidão neste mar
Águas cristalinas, soltas
Sem expressões de revoltas
E ondas de espuma
Aqui da minha janela
Eu não vejo nenhuma
Vejo sim através dela
Muitos barcos á vela
Deslizando sem parar
Neste imenso lago
Querendo transmitir afago
Aos meninos com medo de nadar.
Está tão lindo e sereno o meu mar !
Mas mesmo com vagas alterosas
Seriam sempre apetitosas
Para quem gosta de surfar
E aquelas ondas mansinhas
Borbulhantes, baixinhas
Como é bom nelas mergulhar !
Todos os dias eu ia á janela
Para ver o mar sem procela
E ficava longo tempo a olhar
Falava com as ninfas do mar
Que me davam uma visão bela
E enquanto me deixava absorver
Por essa suavidade e calmaria
Entravam marulhos de maresia
Na razão deste meu escrever.

Praia do Pedrogão,  15, Julho, 2005
Maria da Luz Violante

POESIA


POESIA


Não sei de ti meu bem, andas sumida
Não te sinto neste planeta disperso
Vem acordar minha mente adormecida
E eu me abandono ao mais simples verso.

Sempre tenho comigo, papel e caneta
Mais os cinco dedos da minha mão
Só me falta o brilho da luz dum cometa
Para iluminar minha pobre inspiração.

Devolve-me as rimas, minha paixão
E veste-me de palavras harmoniosas
Vem cobrir e perfumar meu coração
Com as mais lindas pétalas de rosa.

Dá-me a métrica em silabas triunfantes
Os ritmos, os sons, tudo em sinfonia
Toca com magia frases deslumbrantes
Para que eu bem te cante ó POESIA !


Amor,  28,  2, 2013
Maria da Luz Violante

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O COMBOIO


O comboio que fez a pequenada feliz num passeio á praia de S. Martinho.... Um dia em cheio que vai ficar na memória dos pequenotes acompanhados por mim,pelos meus pequenotes, pela Nanda, Fatica, Elisabete mãe do André e Diogo( netos da Fatica) pelo meu filho Miguel o chefe escuteiro que comandava toda esta  tropa....Um dia a não esquecer...

O COMBOIO

Olhem como vão felizes
No comboio das diversões !
Avós,  mãe,  tio e os petizes
De mãos dadas ás 3 gerações.
Da janela, a pequenada
Espreitam a madrugada
Numa ansiedade de chegar
A S. Martinho que fica distante...
Ó aventura mais que aliciante
Para os reguilotes da tuna
Verem o sol  a espreguiçar
Por detrás do monte, da duna
E subir... para depois rebolar...
Olhem os nossos pequenotes !
Que não param de jogar, nadar
Como correm aos pinarotes...
O Tiago , o mais pequenino
Também quer fazer o pino
Em tudo os quer imitar...
E os catraios tinham  no olhar
O brilho de mil sóis de Agosto
Que se reflectiam no nosso rosto
Num calor gostoso de os ver brincar...
Mas já é tarde , estão cansados
E ao vê-los agora tão sossegados
Meus olhos sorriem de espanto
Em circulo, bem sentados
Á escuta, muito atentos
Ao escuteiro que fala com encanto
Das histórias, dos acampamentos
Que já fizeram e voltarão a fazer
E o tio  com a bola na mão
Vai brincando com o amanhecer
Dando lições á primeira geração.
Ondas suaves, dum alvorecer
Se espraiam de alegria pela areia
E os brinquedos de mão cheia
São marulhos do nosso entardecer.

Amor,  14,  8,  2013
Maria da Luz Violante


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

VARANDA



VARANDA


Varanda aberta para o mar
O café da manhã sobre a mesa
Marulha calmo  o rei da natureza
E as gaivotas perpassam o meu olhar.

As nuvens pelo céu a passear
Desdobram-se em requintes de beleza
Vão deixando minha alma presa
Num cenário altamente espectacular.

O calor do sol, o vento e a maresia
Misturado com o odor do pinhal
Embriagam minha doida fantasia


Á noite o lume tudo incendeia
E tudo bebo num trago divinal
Numa onda de paz que em mim ondeia


Pedrogão,  25, Fevereiro,  2001
Maria da Luz Violante

CAMINHOS DO CORAÇÃO

CAMINHOS DO CORAÇÃO

Neste lindo dia de verão
Fiz uma longa viagem
Pelos caminhos do coração.
Em alguns momentos fiz paragem
Para afastar pedras que encontrei
Numa delas me sentei
Não só para descansar
Mas para alongar meu olhar...
E a paisagem que avistei
Tanto ao longe como ao perto
Confesso que não gostei :
De ver tropeços de ilusão;
Fiz silêncio, fiz deserto,
Meditei... e me anulei...
Ao mergulhar em oração.
Então uma nova vibração
Tocou bem forte meu coração
Joguei fora as pedras da minha dor
Semeei florinhas de esperança
Colhi sorrisos de criança
E deixei brilhar o sol do AMOR.

Amor, 4,  2013
Violante

BORBOLETAS

          Hoje gostaria de bordar um retalho com fios de ouro, porque alinhavei muitos retalhinhos descoloridos com olhos de chorar....Mas hoje e ainda mesmo com o coração a sangrar, quero fechar um capitulo de poemas que não voltarão a ser retalhos desalinhados.... Hoje quero retalhos bem floridos e muita alegria !....

A TI POETA



               A   TI  POETA


Se eu fosse anjo ou uma fada
Minhas asas emprestava
A ti poeta,
Que gostas de voar
Um pouco acima do chão
E gostas de sonhar, de poetizar
Tudo o que toca o teu coração
Como um relâmpago ou trovão
Com aquela magia invisível
Com que desligas o amor, a paixão
Com uma rapidez incrível....

Se eu fosse anjo ou uma fada
Minhas asas emprestava
A ti poeta,
Que amas os novos horizontes
Que gostas de beber de muitas fontes
Mas com a minha varinha de condão
Bastava fazer plim !... e algo mudava...
Fazia-te voar muito,  muito alto
Sem medo, sem sobressalto
Porque eu seria a tua protecção
O teu anjo da guarda
E sempre te direccionava
Numa outra dimensão....

Se eu fosse anjo ou uma fada
Minhas asas emprestava
A ti poeta, 
Que gostas das lonjuras
Mas com asas brancas e puras
Voarias pelo universo até ao infinito
Passearias por entre  as estrelas
 E ficarias mais radiante ao vê-las
Para poetizares o que há de mais bonito !

Se eu fosse anjo ou uma fada
Meu Deus ! o que eu não faria !...
O mundo em paraíso transformava
E perfumava a terra e o céu com poesia.


Amor,  25,  julho, 2013
Violante

MISTÉRIO


MISTÉRIO

Silêncio... distanciamento... mistério...
Virose virtual, ou dupla personalidade ?
Desnorte...ou adulterando a verdade ?
Brincar ao faz de conta... ou a sério ?

Que nuvens se escondem nesse hemisfério ?
Mentiras, dissimulação... Que identidade ?
Que faz obscurecer a pura ingenuidade
Em poesia sem sentido nem critério ?!...

Não quero mais silêncio, mais ausência...
Nem mais doentias questões de desistência
Que tanto me fez questionar e tanto escrevi

Não quero mais utopias, mais segredos,
A escorarem-se por entre os meus dedos
Não, não quero mais... "Tirem-me daqui !!!


Amor,  Setembro 2015
Violante

MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO


MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO

Estou envolvida por uma miragem
Estou sendo balançada pelo vento
Que está agredindo meu pensamento
Não estou gostando desta paisagem !

Será sonho, quimera ou pesadelo ?
Ando a dormir ou estou anestesiada ?
Será que estou cega, enfeitiçada ?!
Meu Deus ! Não quero... tenho medo...

..............................................................

Acorda !... O que vês é pintura virtual
Que te envolve e te dá um sabor a mel
É cor, é uma mistura com a vida real
Que pode amargar tanto como fel...

Acorda !... Vê e aprende a peneirar
O trigo do joio, os  seres perversos
Busca sómente a paz do bem amar
Para melhor construíres os teus versos


Amor, Março, 2013
Violante

terça-feira, 17 de setembro de 2013

QUEM ÉS TU


QUEM ÉS TU


Não te conheço,
Não sei quem és !...
Talvez sonho em que adormeço
E acordo a remar em galés...
Condenação que não mereço
Mistério que desconheço
De onde cantas poesias revoltas
Á liberdade.... Tão ávido !...
Das avezitas tão soltas !...

Não te conheço,
Não sei quem és !...
Só sei que não te reconheço
Quando navegas em altas marés...
E pulas a cerca, saltitas como criança
Vês um mundo de lés a lés
Enquanto escrevo esperança
Tu cantas um poema ausente
No meu silêncio deprimente
Num tempo sem bonança...

Não te conheço,
Não sei quem és !...
Talvez pedra de tropeço
Que fez rolar o tapete dos meus pés
E no chão caí
Na pedra me feri
E o desencanto aconteceu !...
Mesmo sendo verbo por rimar
Vou fazer de conta, vou brincar
Que eu também não me conheço
E o palhaço sou mesmo eu !...

Amor, Abril, 2013
Violante

JANELA MÁGICA


JANELA MÁGICA

Há uma pequenina janela
Que se abre á privacidade
E fica assim ao dispor de nós
Em silêncio, sem gestos nem voz
Á espera que se debruce nela
O encanto, a fantasia ou amizade.

Essa pequenina e mágica janela
Pode  ser fogo... cuidado com ela !
Pode ser muito colorida ou não
Pode ser convite a uma descoberta
Pode ser insegura, um pouco incerta
Quando nela se pendura  a ilusão...

Janela pequenina que alguém abriu
Brisa que tocou o coração e este sorriu
A quem por ela um dia espreitou
Lindo jardim perfumado de rosas
A saltitarem pétalas em letras ardilosas
Mas soprou o vento e a janela se fechou.


Amor, Março, 2013
Violante

A SEMENTE


            A  SEMENTE

Tenho um sonho dentro de mim
Uma luz que nunca se apagou
De ver florir no meu jardim
Uma semente que ainda não brotou.

Foi-se a rosa, a orquídea,o jasmim
E a semente caiu e não germinou
Mas o sonho que faz parte de mim
é a esperança que sempre me alimentou.

Todos os dias a semente é regada
Por um banho de luz e de amor
E um arco-íris de chuva abençoada

Para que germine um botão, uma flor
Então meu jardim será uma alvorada
Quando desabrochar para o Senhor.

Amor,  2006
Maria da Luz Violante

A FORÇA DA PALAVRA



   A  FORÇA DA  PALAVRA



Aquela palavra doce que eu li
Tão simples mas tão envolvente
Encheu-me a alma, eu bem a senti
Vive a bailar na minha mente
Com ela se fez luz... e eu renasci.

Palavra mágica que tocou meu ego
Mesmo sem sentido, sem voz nem eco
Escrita talvez por impulso e sem razão
Mesmo assim... eu a amei e a acolhi
No silêncio da ilusão mil vezes a reli
Porque foi bálsamo pró meu coração.


Amor, Dezembro,  2012
Violante

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

PASSEIO OUTONAL


Eu e a minha amiga Isabelinha fomos passar um fim de semana aos " Retalhos"(casa que me viu nascer) e como a manhã estava convidativa a uma passeata... aí vamos nós pelos campos admirando a natureza e colhendo algum rabisco de uvas que encontramos. Como o dia foi marcante surgiu este simples poema.....


PASSEIO  OUTONAL

Que lindo dia outonal !...
Manhã radiosa, parece verão
E o sol ardente, triunfal
Espelha-se na paisagem desta estação.

Estende-nos calorosamente a mão
Leva-nos a passear em beleza
Por antigos jardins de animação
Por atalhos singelos da natureza.

Brilha nas folhas ainda verdejantes
Espreita-nos por entre árvores e vinhedos
Esconde-se das brejeirices palpitantes
Mas brinca com o fruto dos nossos folguedos

Tomando partido desta graciosa liberdade
Entra subtilmente na nossa amizade
E aos horizontes um pouco parados
O irmão sol dá-lhes um toque de alvorada
Faz-nos suspender a caminhada
Para colhermos rabisco aos braçados.

De mãos cheias, a transbordar vivências infantis
O amigo, companheiro e brincalhão
Vai pincelando nosso rosto de rubro matiz
Colocando em brasa o nosso coração

Por esses novos caminhos, antigos atalhos
Caminhada divertida, passeio banal
O irmão sol nos leva á frescura dos "Retalhos"
Neste lindo dia e passeio outonal.

Cumeira,  17,  10,  2009
Maria da Luz Violante

PRAIA DA VIEIRA













  1.           Recordando as férias da minha infância na praia da Vieira.

Gosto de sozinha passear
Caminhando á beira mar
Sobre as areias frescas e macias
Como é bom sentir no rosto
A maresia e o sol de Agosto
E o bater das ondas bravias.

Mas neste caminhar rotineiro
Meu pensar fica em devaneio
Ao olhar as ondas exaltadas
Mar turvo, poluído e turbulento
E o meu passo fica mais lento
Ao mergulhar em águas passadas.

Águas puras e transparentes
Praia do povo, minhas gentes
Mar lindo, azul, muito azul...
Vagas alterosas mas perfumadas
Espumosas, branquinhas, rendilhadas
Que mais pareciam um véu de tule

Desse tempo eu sinto saudade
A praia... um mar de felicidade
Os três mergulhos ás 7 da manhã
Vida  simples como gosto de recordar
E nos ouvidos aquele borbulhar
Que nos deixava  o corpo e a alma sã.

Caminhando assim eu vivo magia
De poder dar largas á fantasia
Minha mais que fiel companheira
Tudo se aviva na minha retina
Ao flutuar nesse mar de menina
Minhas férias na praia da Vieira.

Amor, Agosto, 2002
Maria da Luz Violante

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CACHORRO DE ESTIMAÇÃO

CACHORRO DE ESTIMAÇÃO


Um cão que mais parecia rafeiro
Apareceu sem trela, sem freio
Ladrou, ladrou á minha janela
Fiz-lhe festinhas com admiração
Passou a ser meu cachorro de estimação
E a vida nos deu uma visão mais bela.
Quando lhe dava mais atenção
Abanava  a cauda de contente
De raivas mansas mostrava o dente
E a brincar alegrava meu coração.
Farejava alguma hesitação...
Fez-se ao largo e eu deixei de ouvir
A graça harmoniosa do seu latir
E eu fiquei amarga pela reacção.
Cão sem mente, sem raciocínio
Não conheceu dono e sem razão
Mordeu á calada o meu declínio
Feriu e atraiçoou  minha dedicação
Cachorro de natureza bem vadio
Para preencher um espaço vazio
Caçava cachorrinhas irracionais
Oh, como sinto pena, tenho alergia
Tenho pavor a falsos animais
E o que me entristece demais
É que sendo cão conhecia poesia.

Amor, 12, 9, 2013
Violante


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

FANTASIA


        FANTASIA


Quando passaste por mim
Meu bem desconhecido
Todo o perfume do teu jardim
Se cruzou também comigo.

Fragrância que embriagou
Poesia dos meus sentidos
Musica que me deslumbrou
Em doces e ternos sustenidos.

Tocaram na alma e coração
Melodias de ondas marinheiras
Mas não sei se foi pura ilusão
Ou se foram nuvens passageiras.

Só sei que ao cruzar contigo
Vi ressurgir a luz dum novo dia
Neste tempo desbotado, antigo
Ficou mais viva minha fantasia.


Amor,  30,  9, 15
Violante

MANHÃS DE VERÃO


MANHÃS  DE  VERÃO

O sol espreita por detrás das encostas
Ás manhãs de verão cheias de orvalho
Sobre as picotas se curvam as costas
Em notas musicais do árduo trabalho.

Os trinados das aves são alvoradas
A frescura vai regando os milheirais
O ribeiro perpassa as terras rasgadas
Em sintonia com o gorjeio dos pardais.

Nas hortas florescem sorrisos de jardins
Pela brandura das doces madrugadas
E os campos são verdadeiros festins

Depois da manhã, o regresso a casa
Com paz a bailar nas vidas cansadas
E o café esperando ao calor da brasa.

Cumeira,  Verão de 2005
Maria da Luz Violante

                           Obrigada minha amiga M. Antónia por trabalhar o meu poema. Amei !

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

PROCURA


A vida é uma constante procura e este foi um dos meus primeiros poemas e que deu o titulo ao livro  que concorri em concurso.                              

PROCURA


Á procura de rimas, á fantasia
Divagando me disperso,
Nas sílabas soltas dum esquecido verso
Onde penso tecer poesia.
E busco o sol e o vento
No sonho, no amor e no tempo,
E com eles procuro afastar o vil tormento
Do amor que antes me feria
E que ainda permanece, 
Nesta solidão de alma vazia !
Procuro suavizar a nostalgia
Numa paisagem alegre
Ou na noite calma e estrelada,
E busco no silêncio
A paz desta caminhada
Em que procuro aceitar, 
Com lágrimas caladas
O caminho difícil desta jornada.
Procuro no sol, o brilho e o calor
Que me alegra e dá beleza ás minhas flores.
E busco, nas suas tão vivas cores,
O perfume que me inebria
E me faz viver poesia
Procuro na imensidão do mar,
Por uma onda minha dor afogar !
E lanço ao infinito
O meu olhar e o meu grito !
Procuro em mim,
                     Por todo o lado encontrar,                      
Numa ânsia febril de amar.

Amor,  93
Maria da Luz Violante

O VENTO LEVOU

   
O  VENTO LEVOU

Quando o vento  a tua voz levou
Na minha mente bem gravada ficou
Uma tão terna e tão doce melodia
Que vou cantando na minha inspiração
Os versos que estão guardados no coração
Bem juntinhos ao teu silêncio na minha poesia.

Quando o vento a tua imagem levou
No meu olhar bem gravado ficou
A contemplação da tua fotografia
Mesmo distante em mim permanece
Algo muito forte que sempre floresce
Quando a alma começa a sentir-se vazia.

Quando o vento muito de ti levou 
Na minha alma bem gravado ficou
A beleza do teu jeito na minha fantasia
Pintei tua ausência numa natureza morta
E tudo o mais que o vento levou ...não importa
A lembrança me trás de volta a minha alegria.


Luz Violante



terça-feira, 3 de setembro de 2013

UMA BRISA DE VENTO

Um fim de semana em  belo na casa do Pedrogão  com a Fatica a Nanda e eu luz . O trio que se identifica por amigas de infância ou como irmãs.....


UMA BRISA DE VENTO

Finalmente soprou bom vento
Que nos levou á praia numa rajada
Minhas amigas á quanto tempo
Não fazíamos uma noitada.
Como eu já tinha saudade
Desta nossa cumplicidade
Junto ao calor da lareira
A Fatica atiça a fogueira
A Nanda que é a super Mãe
Cuida de nós, trata-nos bem
Massajando qualquer canseira
Olhando o lume a crepitar
Á volta dele tudo se cozinha
Desde a conversa mais miudinha
Àquela de fazer gargalhar
Mas o vento enciumado
Envia uma brisa do outro lado:
--Meninas são horas de deitar!
Responde serenamente a Nanda
Daqui ninguém desanda
Já que sopraram bons ventos
Só temos é que aproveitar
Amanhã será um novo dia
 Virão os maridos e os rebentos
Que são toda a nossa energia
A razão do nosso viver
Tanto a ensinar
Tanto a aprender
Com esta nova geração
Já vai longo o serão
E o lume a querer desmaiar
Agita-se mais uma vez o tição
Ainda temos muito que falar
Não há noite nas horas avançadas
Nem dias sem madrugadas
Nem respostas sem perguntas
Mas há sim,uma certa magia
Que quando estamos juntas
Para nós é sempre meio dia.

Pedrogão, 17, 11, 07
Maria da Luz Violante

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MÃOS

Mãos.... Quanta diversidade !...
Mãos pequeninas, puras e lindas
Toque de ternuras infindas
Tão cheias de suavidade....
Mãos... Quanta criatividade !....
Mãos prendadas, laboriosas,
Lutadoras, engenhosas
Em tanta especialidade...
Mãos de fada, mãos de doutor
Que salvam vidas, afagam a dor
Mãos plenas de sensibilidade
Mãos harmoniosas que bailam
Mãos que tocam a magia da arte
Mãos gestuais que falam
Mãos carinhosas que embalam
Mãos que protegem e são baluarte.
Mãos... Quantas não são exploradas
Outras desanimadas, caídas
Cansadas, fragilizadas, feridas
Mal tratadas, calejadas, enrugadas
Pelo poente da vida....
Mãos .... tantas são
Estendidas, elevadas em oração
Mãos calorosas entrelaçadas
Mãos dadas á paixão, enamoradas
Mãos abertas á partilha e doação
Mãos consagradas que abençoam
Que acalentam que perdoam
Que afastam a guerra sem qualquer dano
Mãos que se humilham e são capazes
De se apertarem e fazerem as pazes
Na construção dum mundo mais humano.
Mãos... Quanta diversidade !...
Elas são a expressão
Do que sente o coração
Mas nem sempre são bondade
Calmas e cheias de paciência
Elas são também maldade
Quando empunhadas em violência
Mãos avaras, criminosas, insanas
Que ferem, destroem e metralham 
Tantas vidas humanas
Mãos perversas tantas são !...
Ó mãos do mal dai as mãos
Ás que semeiam a paz e o amor
Ás mãos poderosas do Senhor
Mãos milagrosas de bondade
Projectadas em tantos irmãos
Para que vivamos em unidade
Como os dedos das nossas mãos
....................................................
Mãos.... formosas e belas
Pequeninas, rosadas, graciosas
Mãos envelhecidas ou vigorosas
Mãos... O que faríamos sem elas ?!...


Amor,Fevereiro, 2009
Maria da Luz Violante