Olá amizades !

Criei este blogue "Os meus Retalhos " para mim,

para ti,

Para os amantes da poesia.

Cada retalho é um elo de ligação á amizade.

Por isso, podes te unir, ler..... e se gostares,

ficarei feliz.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

NATAL DA MINHA INFÂNCIA


NATAL  DA  MINHA  INFÂNCIA


Vai-se perdendo na distância
O natal da minha infância
Dos cantares alegres e divinais,
Aquele presépio, doce magia
Onde o meu olhar se perdia
Missa do galo. natal de meus pais.

Natal de paz e simplicidade
Sem consumismo nem vaidade
Era o natal da minha infância
A lareira e os presentes pobrezinhos
Perfumava de risos os sapatinhos
Aquele Botãozinho de fragrância.

Natal da minha consoada
O lume a crepitar, a mãe afadigada
Com as filhós a bailar na fritadeira
Enquanto lá fora o cepo ardia
Braseiro de calor que a todos aquecia
Noite santa na minha Cumeira.

Natal que eu recordo era assim :
Sem fantasias, sem grandes festins
Sem correrias, sem pedidos ao pai natal
Nem pinheiro tão colorido
Mas Jesus tinha mais sentido
Porque tudo era muito mais real.

Amor,  2002
Maria da Luz Violante

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

MINHA PALMEIRA

MINHA  PALMEIRA


Da minha janela
Olho a minha palmeira !
tão robusta, tão bela
No crescer desta maneira.
Já ultrapassou a janela,
Já quase que não toco nela,
Já passou a fronteira !

No meio do meu jardim.
Rodeada de flores e frescura,
Tem como tapete, a verdura,
A minha palmeira !
Ela é  sombra a rir-se para mim,
Numa tarde soalheira.
É o guarda sol dos ninhos
Das abelhas e do meu cantinho !
É o pipilar dos passarinhos,
Do seu cantar divinal,
Do debicar em ternuras,
É o refugio nupcial
Das risadas santas e puras.

Da minha janela,
Olho a minha palmeira,
Da cor da esperança,
Sempre tão bela !
Já não é criança
Já não é menina
É primavera florida !
Toda ela se agita
Se baloiça e se maneia,
Parece até bailarina,
A dançar pra  sua jardineira.
Da minha janela 
Vejo a minha palmeira
 Tão linda, tão bela !...


Amor,  94
Maria da Luz  Violante

domingo, 1 de dezembro de 2013

SONHO DE PAZ



SONHO  DE  PAZ


Estive em sonho, num castelo
E como por um encanto
Olhei a grande cidade
Tudo era calmo, tudo era belo
E para maior espanto
Tudo me parecia santo
Em toda a humanidade.
 Tudo estava purificado !
Não acredito !!!
Não pode ser verdade!...
O mundo tinha-se transformado
Não havia correrias nem agitação,
Nem stress, nem confusão
Tudo era paz e tranquilidade.
A guerra tinha sido perdida
Não havia armas nem canhões
Nem grades nem escuridão nas prisões
Não havia gente marginalizada
Nem ambição pelos milhões
Não havia divórcios, separações
O homem e a mulher eram um só ser
 Vivendo com alegria
Na luta do dia a dia
Somente pela paz do bem fazer.
Assim viviam as famílias em união
Os velhinhos tinham lar.
Carinho, compreensão
Em todas as mesas havia pão
A droga estava em extinção
E risos de alegria entoavam no ar
Pelas crianças que cresciam
Com esperança no futuro
Os jovens tinham mais frescura
E sabiam amar
Com amor mais franco e mais puro.
Nesta grande família
De uma só sociedade
Não havia governados nem governadores
Nem oprimidos, nem  opressores
Nem pecados, nem pecadores
Tudo vivia em liberdade
No amor de um só Deus, um só Pastor.
Estive em sonho num castelo
Como por um encanto 
Na mais linda visão
Do sonho mais belo.
Mas ao descer  á realidade
Tropecei na humanidade
E acordei na mais amarga desilusão.

Amor, 94
Maria da Luz Violante